Os problemas ao denominar "algo melhor que..."

Olá pessoal, convido vocês a filosofar comigo a respeito da classificação do que vêm a ser “algo melhor que outra coisa” no espaço cibernético. Para não tornar + complexo o assunto do q já é, vamos cuidar apenas do aspecto “virtual” do espaço, ou seja, os softwares. Primeiramente, como definir qual programa é melhor entre X, Y e Z? Frequentemente, quando vejo perguntas similares aqui, as respostas costumam partir da percepção individual de cada um em suas experiências. Não que isso esteja errado, é pouco útil pra chegar a uma conclusão imparcial, pois temos uma tendência em defender aquilo que gostamos (ainda q n admitimos). Nós temos recursos limitados se tratando de experiências com diferentes programas (principalmente tempo e conhecimento), na vdd temos recursos limitados em tudo na vida, pois somos seres finitos e mortais.
Pois bem, depois de muito pensar a respeito (eu diria que cerca de duas horas no total), cheguei a alguns critérios que podem ser úteis para avaliar se algum programa é melhor que outros (se é que isso realmente seja possível). Bom, sem + enrolar, vamos lá:

  1. Critérios quantitativos:
  • Números de funções totais (o programa gerencia downloads, edita texto, reproduz arquivos de vídeo, visualiza arquivos pdf, etc.);

  • Quantidade de memória utilizada (em %) e de processamento (em %);

  • Se tem um número considerável de material publicado a respeito do programa (resultado de buscas, artigos, tutoriais, etc.).

  1. Critérios qualitativos:
  • Se determinado programa cumpre seu(s) propósito(s);

  • Se ele é intuitivo ou necessita de conhecimento técnico (geralmente especificados em manuais) para utilizá-lo;

  • Se abre a possibilidade de adicionar conteúdo próprio (sem que seja necessário adicionar conteúdo no código do mesmo);

  • Se é ou não livre;

  • Multiplataforma ou não.

Creio que a relação de proporção entre os critérios quantitativos e respostas favoráveis aos critérios qualitativos estabeleceria qual podemos chamar de “melhor” programa.

5 curtidas

Só jogando lenha na fogueira mas…
Se o programa não for um serviço, creio que dificilmente esses critérios quantitativos e qualitativos levarão á uma resposta satisfatória/definitiva. O melhor pode ser o programa que consome mais recursos e também pode ser aquele que possui menos funções, principalmente se for uma aplicação especializada… Já a intuitividade, para mim, é um caráter subjetivo. A intuitividade e baseada em conhecimento prévio, nas experiências anteriores de cada um… o que é intuitivo para um, pode não o ser para o outro. Então a questão, muitas vezes, não é se cumpre o seu propósito.funciona, mas como cumpre. Veja bem, você pode fazer um site de internet usando um bloco de notas ou um dreamweaver… o mesmo vale para se é livre ou não. Qual arquiteto vai trocar um software de Cad proprietário por um open source? Quanto a ser multi plataforma… a não ser que você utilize múltiplas plataformas, o que vale mesmo é que funcione bem na plataforma que você utilize.
Concluo que, na minha opinião, a melhor ferramenta é aquela que atende as suas necessidades e na qual você é mais produtivo. Independente da quantidade de recursos que consuma, da quantidade de funções (desde que tenha as que vc necessita), se é proprietária ou Open source, se é multiplataforma ou mono plataforma, etc.

4 curtidas

Eu penso que perguntas vagas, geralmente vão receber respostas pouco objetivas. Mas, fazer praticamente um review de um app para responder uma pergunta é um pouco de exagero. :slight_smile:

Penso que o melhor caminho é um meio termo, as pessoas deviam testar as coisas e então discutir com os grupos sobre alternativas e pontos fortes/fracos e não esperar que algum “guru” viesse com uma receita de bolo prontinha.

3 curtidas

Acho que é o tipo de coisa que é simplesmente difícil/impossível de quantificar.

Por exemplo, com seus critérios quantitativos:

Ter mais funções não significa ser melhor, significa “ter mais funções”. Podemos pegar um player de música por exemplo. Um deles reproduz arquivos locais, se liga com outros serviços como Spotify, Deezer, etc, lê RSS de podcasts e tudo mais, e outro só lê Podcasts, mas faz isso tremendamente bem, com N recursos a mais. Se meu propósito for apenas ouvir podcasts, esse software, com menos funções pode ser melhor.

Dessa forma, essa relação está mais diretamente ligada ao objetivo de quem usa a ferramenta. Sempre que se pergunta sobre “melhor”, é importante, na minha opinião, seguir com um “melhor para quem?” e um “melhor para quê?”.

Certamente, eficiência é importante. Mas mais uma vez cai no “custo/benefício”, eu prefiro um editor de vídeos que me tome 10GB de RAM e me permita fazer tudo que eu quero, do que um que tome 1GB e não permita, para exemplificar.

Nesse ponto, concordo 100%.

Sobre qualitativos

Sem dúvida, o “problema” nesse caso é medir o quão bem ele faz tal coisa, porque podem haver dois softwares igualmente bons em seus propósitos. Novamente isso vai estar ligado a expectativa de quem usa o software, ou seja, o que você espera de um - exemplificando - editor de textos.

Também acho que seja relativo. Se não houver a necessidade, melhor, porém, pode existir casos específicos que um ótimo programa precise de uma base de conhecimento para tirar o seu maior proveito, caso do Terminal Linux por exemplo.

Não consegui pensar num exemplo para este, desculpe. Se puder exemplificar com um software que permita ou não esse tipo de coisa.

Acho que é puramente filosófico, um software não é melhor por ser livre ou ser de código fechado na minha opinião. Ser software livre é uma característica que pode implicar ou não em sua qualidade, ainda que, para alguns pessoas isso seja um diferencial.

Esse é um ponto que eu considero relevante, especialmente se o usuário usar várias plataformas diferentes. A verdade, no entanto, é que o importante é que o software esteja disponível na sua plataforma de preferência.

Achei muito boa a pauta @willianlycan! Abraços! :slight_smile:

7 curtidas

Falta critério nisso aí, mas acho perda de tempo, para cada caso vai se precisar de critérios diferentes para se avaliar algum software…

A maneira mais fácil? Simples: antes de definir se algo é melhor do que a outra, inclua a frase: “para mim”. Exemplo: para mim, o KDE é superior ao GNOME. Claro que irão aparecer um punhado de pessoas perguntando o porquê, mas subtende-se tratar-se de uma opinião. E opinião cada um tem a sua. A saída sempre será a experimentação. Alguém falou que o KDE é melhor que o GNOME? Experimente. Se não gostar, a resposta será similar, tipo: para mim, o GNOME é melhor que o KDE. Sempre trabalhei com a perspectiva da experimentação, pois posso corroborar a opinião de quem falou ou simplesmente discordar, o que feito de modo amigável, é sempre produtivo. Ainda mais que opiniões sempre mudam, e quem gosta do KDE hoje pode vir a gostar de GNOME amanhã. Ou do Budgie, como é o meu caso.

4 curtidas

Então, alguns exemplos: player de música que permitem adicionar manualmente novos plugins, editores de texto que permitem adicionar fontes, mensageiro instantâneo que permite adicionar “bots” e comandos (claramente o Telegram rs), navegador que permite adicionar extensões, etc.

Vlw, pra ti tbm! :v:

2 curtidas

É, pensando bem, nem todo software é igual ou similar aos demais e julgar suas particularidades da mesma forma que outros pode ser um novo problema.

2 curtidas