O *ubuntu está baixando atualizações em segundo plano?

De uns tempos pra cá eu venho observando o seguinte: recebo a notificação de atualização, abro o Synaptic (prefiro fazer tudo por ele), clico para selecionar os pacotes a serem atualizados e quando ponho para aplicar as mudanças, o sistema já vai instalando os pacotes sem passar pelo processo de download, isso aconteceu de novo agora com a atualização do Firefox 80.

Quando isso ocorreu antes com outros pacotes, pensei que foi porque havia sobrado alguns pacotes que o sistema havia se esquecido de instalar (o que seria um bug bizarro e perigoso porque isso poderia quebrar meu sistema).

O que é isso? O sistema baixa os pacotes em segundo plano e então me alerta para instalá-los? Não estou reclamando, muito pelo contrário, curti a ideia. Mas é que não vi a notícia disso em nenhum lugar.

Uso o Kubuntu 20.04, para ser mais preciso.

1 curtida

Não tenho ideia do que seria isso, mas também acontece no meu Ubuntu Unity Remix 20.04.1.

Que legal que agora o 20.04 é assim o 16.04 não é e eu ainda estou nele.

Se qusier uma base mais atualizada, mas ainda estãvel, pode tentar o Ubuntu Unity Remix.


Thread

Pois é mano uso o Kubuntu 20.04.01 e geralmente eu atualizo pelo terminal, aí quando dou o apt-get upgrade os pacotes já foram baixados. Mas até hoje não vi nenhuma explicação oficial desse comportamento do sistema.

Já verificou as suas configurações de atualização no Discover?

4 curtidas

Isso é feito pelo unattended-upgrades.

Teoricamente, ele instala “atualizações de segurança”, sem perguntar. As outras, ainda dependem de ação do usuário.

Notei isso desde Outubro 2016, pelo menos, no Kubuntu 17.04 Zesty Zapus (development branch). Na época, isso me incomodou, pois de repente meu velho PC começava a ficar lento, meio travado, às vezes num momento inconveniente.

Não posso garantir que não existisse antes disso.

Atualmente, eu removo unattended-upgrades, Plasma Discover, PackageKit… Uso o apt e o Synaptic.

6 curtidas

Minha configuração atual é exatamente essa da sua imagem do @brunothiago , tudinho idêntico. Entretanto, o que definiria o meu caso seria a opção “Download all updates in the background” (pois quando sou alertado das atualizações, os pacotes já foram baixados, só preciso dar permissão para instalar), mas não é essa opção que está marcada.

Bom, levando em conta a opção “Install security updates without confirmation” (que, repito, é a que está marcada no meu sistema), suponho que eu nem veria o momento que as atualizações de segurança são baixadas e instaladas, o sistema nem se daria ao trabalho de me avisar, correto? De qualquer forma, ela não explica as atualizações já baixadas, que deveria ser o caso se eu estivesse com a opção “Download all updates in the background” marcada.

Não testarei como o sistema funcionaria com um padrão diferente desse da imagem porque o modo atual está bom pra mim. Eu só quero entender essa mudança, porque não vi nenhum comunicado oficial a respeito disso.

Ah, se fosse Windows. :rofl: No Windows é lixo… no Linux uma boa ideia. :rofl:

Imagino que deva ter como desabilitar. Mas não domino a fundo o sistema.

Eu já vi o “notificador” indicar atualizações, e quando fui aplicar, já tinham sido feitas ─ todas, ou só algumas. ─ Isso depende, se eram todas “de segurança”, ou se só algumas eram “de segurança”.

Também já vi casos em que a pessoa tenta usar o apt, ou o Synaptic, ou o Plasma Discover… e ele diz que não pode usar a base de dados de pacotes, porque está bloqueada por “outro processo”.

(Aí, a pessoa pergunta num fórum, e recebe mil sugestões… deleta isso, deleta aquilo… arromba o cadeado… explode não-sei-o-quê, que “resolve”…)

O motivo é simples: ─ Existem diferentes aplicativos programados (nem sempre com “lógica” consistente) para fazer coisas diferentes, usando a mesma base de dados de pacotes:

  1. Verificar se há atualizações
  2. Avisar quando há atualizações
  3. Aplicar algumas atualizações em silêncio
  4. Aplicar atualizações quando você clica

No Debian, a verificação (1) começa ainda durante o Boot, antes mesmo de chegar ao Login e carregar a interface KDE, Xfce etc.

No Mint, a verificação só começa uns 5 ou 10 minutos após carregar a interface Cinnamon, Xfce etc. ─ e essa configuração pode ser editada no mintUpdate (que usa o Synaptic, que usa o apt…).

No Kubuntu, a configuração é aí, no Plasma Discover / módulo de “fontes de software”.

No Mageia (base .rpm), a configuração é no mgaapplet.

No openSUSE…

… enfim, uma salada de aplicativos que disputam a bola no meio-de-campo, dentro do velho lema do Mac, de que “você não quer saber o que acontece, nem como; você só quer que funcione”. Só que em distros Linux muito “amigáveis”, às vezes, dá tilt, ou fica uma pulga atrás da orelha.

Por alto (não sou expert), sei que:

  1. O PackageKit não passa de uma interface “agnóstica” (independente do tipo de distro), encarregada de usar o apt, ou o zypper, ou o urpmi, ou…, para verificar se existem atualizações. ─ Ele evita que o usuário precise agendar essa tarefa no cron, e outros bichos esquisitos.

  2. Ao clicar no aviso, o PackageKit abre outro aplicativo, que varia de uma distro para outra ─ pode ser o Plasma Discover, ou outra “lojinha” qualquer ─ que por sua vez vai usar o apt, ou o zypper, ou o urpmi, ou…

  3. Enquanto isso, o unattended-upgrades resolve ir logo aplicando as atualizações de segurança (até hoje, só vi em distros Debian / buntus).

Para destrinchar quem fez o quê, você pode examinar os logs em /var/log/

Quando se diz que o Arch é “enxuto”, ─ neste caso, por exemplo, ─ significa que não existe esse monte de aplicativos fazendo a festa e esbarrando uns nos outros. Você instala o Arch, e depois de 2 semanas percebe que ninguém te cutucou com avisos aterrorizantes, cobrando “clique aqui, senão teu sistema pode ser invadido por seres perigosíssimos”. Você executa um comando simples (na hora que você quiser), ele verifica se há atualizações, mostra tudo, explica alguma opção, você diz Ok, e ele atualiza tudo.

O mesmo pode ser feito, com comandos +/- parecidos, no Debian, no Mageia, no openSUSE, no Fedora, no Void… e no Kubuntu, claro.

Com o tempo, me acostumei a simplesmente remover unattended-upgrades, PackageKit, Plasma Discover etc.

No Debian, no KDE Neon, no MX Linux, uso o apt para verificar se há atualizações, pois assim já vejo se todos os repositórios estão respondendo bem, se a conexão está boa etc. ─ e caso contrário, fica fácil ver onde está o problema.

Depois aplico as atualizações pelo Synaptic, que no final me dá um histórico bem resumido e claro ─ inclusive, posso pesquisar todas as vezes que determinado pacote foi atualizado (e todas as versões), desde a instalação da distro, até hoje.

No Mint, verifico pelo apt, aplico as atualizações pelo mintUpdate, e o histórico pode ser pesquisado no Synaptic.

No PCLinuxOS, também uso o Synaptic ─ que foi criado por brasileiros da Conectiva (base .rpm), depois incorporada ao Mandrake (Mandriva). ─ É um aplicativo enxuto, porém com capacidades que deixam num chinelo todas as “lojinhas”. ─ E não fica no seu caminho.

Em todas as outras distros, uso apenas os comandos, para verificar e aplicar as atualizações, na hora que quero ─ em geral, pela manhã, ou no final do dia.

Achei horrível, quando o Kubuntu inventou esse negócio de “notificação” ─ que roda várias vezes ao dia ─ e fica assediando para você largar tudo que está fazendo e atualizar “o quanto antes”, como se fosse tirar o pai da forca.

Quando o Kubuntu começou a me assediar com mensagens aterrorizantes de atualizações urgentes, perigos inomináveis etc. … achei que o Windows estivesse ressuscitando na minha máquina, como num pesadelo. :rofl:

Como se uma brecha de segurança que existia há tempos ─ e continuou existindo por mais 6 horas, até o PackageKit verificar as atualizações (4 vezes ao dia) ─ exigisse interromper tudo que eu estou fazendo, pra corrigir “imediatamente”.

2 curtidas

Ninguém reclama do Windows baixar updates, todo mundo reclama do Windows obrigar a atualizar e não permitir isso em background seamless

Foi no 17.10 salvo engano, tá no release notes a inclusão do pacote “unattended-upgrades”, que possui um serviço no SystemD que faz isso,ou seja, entre linhas das entre linhas

Pra desativar (quem não curte):

systemctl disable unattended-upgrades.service

1 curtida

Bem, as atualizações estáveis de pacotes para qualquer sistema não são ruins, jamais!

A grande sacada do Windows10, que torna o sistema atrativo é justamente essa: Atualizações para o sistema em um tempo menor para toda a sua base.

Veja que o corpo humano é nessa mesma base: Cada célula tem em média no máximo 6 anos de idade. Atualizações para toda a sua base - o problema está na falha de como o RNA duplica o DNA.

O problema está na forma como se atualiza. Se a pessoa instala um sistema em que o seu principio é ser todo automatizado, você quer é que ele “faça tudo” de importante por você. E quem não quiser, o sistema deve fornecer a opção de um modo fácil (gráfico, se o sistema trabalhar com GUI) para que o usuario possa desativar essa opção, se a politica do ambiente permitir isso.

Uma das coisas que o Windows tem melhorado com o tempo é a suas atualizações de pacotes pequenos sem ter que ficar reiniciando pra isso. Mas como não mudaram a sua estrutura de aplicação das mesmas, muita coisa ainda só se consegue reiniciando. Mas aos poucos está melhorando.

E o que tanto se reclama do Windows (no caso dos usuários mais avançados) é os 80% de banda exclusiva para download para atualizoção para os pacotes grandes, que o usuário comum não tem acesso a esse controle pela UX. E a forma brusca de atualizar que deixa o usuario sem o sistema em vezes que reinicia forçado, ou demora para aplicar.

Claro que algumas coisas são contornáveis pela edição dos registros do sistema, ou na politicas do sistema. Mas a forma como o kernel do Windows atualizar é essa ainda e pronto. A escolha para o sistema é assim por escolha dos desenvolvedores. O usuário que quer usar o sistema só tem que:

  • Ou só aceitar e usar.
  • Ou aceitar que ele é assim, e reportar qual seria uma forma melhor de atualizar, e aguardar que eles apliquem a melhoria.

Agora, no caso de um sistema de info de mods divulgado, deve ter tido alguma info de quando esse metodo comecou a ser aplicado.

Mas como disse antes, se você escolhe um sistema automatizado, deve-se esperar dessas mesmo. A escolha foi sua. Ou muda de sistema/distro para uma que te dê a liberdade que você deseja.

Do jeito que fala um desavisado acredita. Hoje tive que reiniciar porque o Fedora atualizou o Kernel. Já é a segunda semana. Lado bom é que pode aguardar quando eu quiser, assimm como Windows.

Você não é obrigado a reiniciar nem mesmo a atualizar e nem mesmo ficar esperando em uma splash screen a atualização ser aplicada no Fedora, essa é um rotina que pode ser facilmente evitada e que existe só para verificar a integridade do sistema com a aplicação da instalação.

Eu trabalho em uma empresa, preciso manter uma frota de computadores com Windows e o que mais acontece é o sistema te prender em uma splash screen no boot ou na hora de desligar para aplicar uma atualização, atrasando o meu trabalho e o trabalho de outros, forçando as pessoas até mesmo a buscar outro computador disponível devido a urgência de seus compromissos. Desculpa, mas não tem como você comparar esse design de experiência incomodo com o que existe no Ubuntu, por exemplo.

Enfim, as atualizações do Windows 10 só deixaram de ser alvo de críticas minhas e de outros, sejam usuários de Windows, Linux ou MacOS, quando elas não atrapalharem o usuário.

Como evito a Splash Screen? Em termos de “experiência de uso” são iguais, pelo menos como usuário comum. Escolho quando. Quando faço tome splash screen, em ambos.

Você atualiza pela GNOME Software, suponho. Em vez de clicar no botão azul para reiniciar que aparecerá na GNOME Software, você pode reiniciar sem usar esse botão. No Fedora 31, última vez que usei o Fedora, isso já era o suficiente.

Sim o recomendado pela DOC do Fedora. Vou experimentar na próxima ocasião. Mas é interessante pensar como ele vai aplicar então.

O Ubuntu por padrão baixa as atualizações de segurança em segundo plano. Tem como configurar todas as versões do Ubuntu para instalar essas atualizações sem te avisar ou configurar para apenas te avisar quando tem um update sem baixar nada antes. Esta ferramenta é bem flexível.

Não entendo bem o funcionamento do Fedora para poder explicar, nunca me dei bem com ele, mas no fim das contas, sudo dnf up acaba resolvendo o problema do mesmo jeito. O sistema é livre, quem controla ele é você.