Concordo, mas existe algo que precisa ser pontuado: hoje o padrão é o mobile.
Lembro de ter abordado isso em outro tópico, mas, sucintamente, o paradigma predominante não é mais aquele que foi popularizado pelo Windows, mas sim aquele que é seguido pelo Android/MacOS.
Eu fiz um teste com alguns jovens entre 16 e 24 anos com os quais tive contato em serviço e nem mesmo aqueles que estavam na faculdade tinham um laptop em casa, pois optam por tablets, incluindo os providenciados pelas instituições de ensino. Todos aprenderam a usar um “computador” por causa dos smarthphones.
Eu fiquei abismado ao constatar que, de fato, torres e laptops são artigos de nicho e nesse cenário, qual foi o ambiente gráfico com que eles mais se identificaram? Exatamente, o GNOME, escolha oposta daquela feita por aqueles que já possuíam contato com torres e laptops.
Sim, o usuário comum sempre vai optar por algo familiar, mas temos que ter em mente que “familiar” não é uma constante.
Na verdade, ele é muito contra-intuitivo, mas para pessoas que vêm do Windows. Você não pode considerar isso como um padrão. Lembre-se de que mais da metade dos usuários da WWW a acessam por meio de dispositivos móveis.
Em vários experimentos feitos com usuários que nunca utilizaram um computador antes, a facilidade foi extremamente maior com GNOME do que com Windows. O Windows não é nada intuitivo, apenas ao que a maioria dos usuários de computadores pessoais estão acostumados. Considerando curva de aprendizado, não curva de migração, o GNOME dá de 20 a 0.
Usar seu próprio ponto de vista como se fosse “o padrão” não é nada eficiente.
Estou acompanhando essa discussão e me parece que cabe lembrar que existem diversos nichos e paradigmas de uso quando falamos de interação com computadores, dessa forma é perfeitamente possível que a “verdade” em um nicho não seja a “verdade” em outro.
Mesmo que a média de mercado acabe pendendo em torno de alguns padrões, a realidade costuma ser bem mais diversa. O mundo não é binário e dessa forma, quando olhamos pelo contexto correto, cada um dos indivíduos que interagiu nesta discussão pode estar “certo” em relação ao seu próprio microcosmo.