Nada de terminal

Eu voltei a utilizar Linux no ano passado, coisa que eu queria ter feito a mais tempo, mas agora voltei definitivamente.
E embora eu não tenha nenhum medo ou receio, eu, EU, não acho “justo” sair do windows onde tudo era feito via interface grafica para ficar abusando de terminal no linux, até porque eu influencio pessoas, ja tenho alguns conhecidos que estão usando linux graças a minha influencia.
E no windows eles não abririam o DOS para nada.
Uma coisa que eu sempre comento com eles é que eu consigo ajustar meu micro no Ubuntu em uns 40min. sem abrir o terminal para absolutamente nada.
De fato é o terminal que “assusta” novos usuarios.
Não que no windows eu não fizesse uso dele, principalmente para mapear impressora de rede, mas tambem para outras coisas, registrar DLLs entre outras coisas.
Enfim, a minha política no uso do Linux é tentar ao maximo fazer o que eu quero sem usar o terminal.
Obs.: Sim, eu sei que muitas coisas poderiam ser feitas pelo terminal com muito menos esforço, mas eu acho que esse é o desafio, o usuário padrão não usaria. E hoje, sendo muito sincero, para quem vai começar a usar um PC, usar qualquer distribuição linux é muito mais facil do que aprender o windows.
O que vocês acham?

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Acho que é só instalar uma distribuição que forneça boas ferramentas administrativas (como o YaST2). Existe uma tendência muito grande de instalar sistemas com pouco ferramental ou pouca abstração (i.e. dependendo basicamente do que o GNOME oferece) por achar o desktop padrão agradável, sendo que existem mais elementos para além disso.

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Eu acredito que isso é uma questão de “onde começou e como aprendeu”.

Pode ver que o recém-nascido tem seu “HD” vazio, isso significa que oque ele aprender ele vai aprender.
Quando somos Adultos, nós já sabemos, é ae que atrapalha o aprendizado, pois oque nós sabemos bloqueia coisas novas que queremos ou tentamos aprender.

Exemplos: Idioma novo, se nós ficarmos comparando como funciona no Português jamais iremos aprender outro Idioma. Eu costumo aprender sem comparar, tem várias palavras que eu sei em Inglês e Japonês que eu não sei traduzir para o Português mas eu sei oque significa e como funciona aquela palavra, sintaxe e semântica dela, “hover that button” “encoste a seta do mouse no botão” a lá, e vice-versa. Sentir o Idioma é muito melhor que traduzir o idioma.

Graus Celsius e Fahrenheit, aqui todo mundo aprendeu Celsius, então a pessoa sabe que 15 graus é mais frio e 30 graus é mais quente. Dai ela vai aprender Fahrenheit ela fica comparando “Ah 84 Fahrenheit é 29 Celsius”… Errado fazer isso, além de perder 2x o tempo de aprender, acaba que não aprendendo. Oque eu faço? Configuro minha máquina para ser só Fahrenheit e hoje sei que 85 é quente e 60 é mais frio e eu gosto quando fica abaixo dos 60 Fahrenheit.

“Aprender é tipo construir uma caixa.” A desvantagem é que quando a caixa está formada, ficamos presos dentro dela. Temos que pensar fora da caixa se quisermos aprender novas coisas.

Dito isso tudo eu instalei o Ubuntu no computador de uma amiga minha que, com seus 28 anos de idade, nunca tinha usado um computador por falta de interesse. Ela adorou o sistema. Um tempo depois ela foi tentar usar o Windows, ela não gostou, achou o sistema super difícil e voltou para o Ubuntu.

Então isso tudo depende de “onde começou e como aprendeu” pois a maioria dos Seres Humanos tem medo do Novo e tem medo de sair da caixa que está os abrigando, com medo de ficar a deriva fora da caixa.

Isso é ruim? Não! É excelente, o Mundo com essa tecnologia de hoje só existe porque o Mau e o Bem são amigos, o Negativo e o Positivo são irmãos. Ae vai de cada um, conservadores, entusiastas, apostadores, agressivos, enfim. Yin Yang :yin_yang:

A Evolução Multiverso precisa disto tudo!

:pray:

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Nunca tinha visto um relato de uma pessoa que achou o Windows mais difícil que uma distro, legal saber disso :smiley:

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Passei para um amigo no final de dezembro.essa semana eu perguntei para ele como estava indo.
Palavras dele: “parece que eu uso o Linux a 10 anos. É o que você disse, ele é muito mais natural de usar do que o windows, porque parece muito mais com um celular.”

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Eu, particulamente, gosto e prefiro usar o terminal para boas partes das coisas e incentivo o uso dele aqui em casa no computador do meu parceiro e também na loja onde eu trabalhava, assim que convenci de colocarem Linux nos computadores.
Eu incentivo o uso porque considero o terminal o diferencial das distros Linux e também sua marca registrada.
As pessoas para quem eu apresentei o Linux gostam de usar o terminal por sentir que ele tem um bom propósito e ser, dentro do que precisa ser feito nele, fácil.
Todas essas pessoas nunca tocaram no CMD no Windows porque achavam que poderiam quebrar o sistema só em abrir.
É bom desmistíficar um pouco esse lance de uso do Terminal ou CMD.

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Os usuários de Windows que eu conheco só usam o Windows mas não tiveram nenhum interesse de aprender alguma coisa nele, um amigo meu disse que usa o Windows porque tem preguiça de aprender outra coisa, prefere o "next, enter’.
Eu vejo essa diferença nos usuários Linux que estão sempre em busca de mais e mais informações sobre o melhor uso do sistema.

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O maior problema é o usuário totalmente iniciante conseguir instalar o sistema operacional, e ainda ele começa querendo manter o Windows. Ou seja, uma tarefa que já demanda muitos conhecimentos.

Mas uma vez que já está instalado, seguir o fluxo da interface gráfica é bem melhor pro usuário iniciante. O problema é que ele precisa reaprender como fazer as coisas naquela interface gráfica em questão. Também já começa a influência negativa do tempo que era usuário do Windows, e começa a querer baixar o software X. Daí já instala um repositório de terceiros ou acha um tutorial mágico com linhas de código duvidosas para executar com SUDO. Minutos depois o sistema está quebrado e pra consertar, só com o terminal. Mas é muito difícil, mais fácil reinstalar tudo. E lá vai o cara reinstala tudo e depois faz as mesmas coisas, detona o sistema e por fim vem falar que o sistema é muito ruim.

Afinal o primeiro papo que ele deveria ter recebido é que as coisas são diferentes e ele vai precisar agir de forma diferente. Se não mudar o paradigma mental, com terminal ou sem terminal a experiência linux será um fracasso…

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Usei Windows desde Win98 ,
uso Linux ja a seis meses e estou aprendendo muito , pois minhas duvidas eram justamente ter que usar o terminal pra tudo , hoje em dia não me vejo usando o sistema sem ele ,
atualmente criei um Script pessoal onde ele configura o sistema do jeitinho que eu quero , após a instalação do sistema basta dar um ( ./“Script” + ENTER ) e pronto , posso ir tomar um cafezinho enquanto o Script deixa meu Desktop pronto pra trabalhar , não que o uso dele seja mais importante , mas praticamente 70% dos ajustes em meu PC consigo resolver com mais eficiência no terminal.

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Eu concordo com a ideia, mas discordo dos motivos, pera que eu explico:


No momento eu estou no Windows 10 com as últimas updates e posso dizer que usar GUI é frustante, mas pra ser justo o mesmo praticamente todas as interfaces exceto o sugarizer (que é inviável pra mim), basicamente em todos os sistemas, seja Linux, Mac ou Windows, você está basicamente operando uma coisa dessas, quando está fazendo seu trabalho:

E uma coisa dessas quando está configurando o sistema:

Como você deve ter notado, você não vê muitos desse aí na natureza intocada, isso não é fluido, não é natural, nem de longe intuitivo, e isso naturalmente frusta as pessoas, primeiro pelo motivo acima, e segundo porque isso foi pensado pra quem trabalha numa sala fechada sem ar condicionado com um calor infernal (também chamado de escritório dos anos 80-2000), então na primeira oportunidade que a maioria das pessoas tem de fugir disso, elas vão fugir, e aí chegamos no Terminal… não existe diferença real entre os softwares do terminal e os GUI, a diferença está na forma de uso, o uso do terminal é fluido, graças a filosofia KISS, eu posso simplesmente ir conectando apps que os devs nunca pensaram que trabalhariam em conjunto e fazer algo novo e isso é natural, isso é ser fluido, as pessoas gostam disso, é tipo pegar carvão colocar fogo, pegar água, terra e ter um vaso de cerâmica…

Enfim, as pessoas usam o terminal Linux não por ser necessário, mas por ele estar lá, por mais que ferramentas tipo Yast sejam interessantes, eles são só um amontoado de botões sem contexto, e isso ninguém gosta conscientemente, o GNOME por mais que eu não goste da execução da ideia, eu acho a ideia por trás genial, pode até faltar coisas como indicadores e a pasta desktop, mas graficamente, por padrão não falta nada que um usuário “doméstico” precisa e tão importante quanto, não sobra nada, você tem tudo que precisa pra usar o PC em casa pra fazer coisas de casa, pergunta o que é “GNU PG” pra uma pessoa na rua e ela pode te dar um soco achando que você está xingando ela


Tudo isso é só pra não deixar margem de interpretação pro meu pensamento:

O problema não é (ter que) usar o Terminal, o problema é como, pra que e por quem ele é usado

Faz sentido o usuário “doméstico e leigo” usar o mkdir pra criar diretórios de forma massiva, o que não faz sentido é esse usuário instalar softwares aplicativos e recursos (ou outra coisa básica/com potencial destrutivo) como Wine usando o terminal ou ter que ir atrás de documentação da distro pra isso

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Usuários de Windows geralmente são dois tipos de pessoas:

A que tem preguiça mental de aprender algo novo, ou gosta de ficar estagnado no mínimo que sabe.

A pessoa que só tem um pc pra jogar, normalmente adolescentes e crianças.

um ou outro escapa desse paradigma e vem pro linux por curiosidade.

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Sobre isso, eu discordo, como eu mostrei, é essencialmente a mesma coisa (já faz 30 anos)

Cara, fora os comandos no terminal, o que as distros tem realmente de diferente? (pergunta sincera)

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cada distro tem sua peculiaridade e objetivo, mas todas (ou quase) podem fazer o que as outras fazem.

eu uso arch, tem gente que usa gentoo, são distros voltadas a customização do usuário, vc escolhe o que instala, escolhe a interface, customiza tudo do seu jeito.

tem gente que usa ubuntu e seus diversos sabores, cada um tem seu foco, mas todos podem fazer o mesmo.

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A questão não é a distro, mas sim o nível de interesse e/ou objetivo do usuário.

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Algumas como o Ubuntu com gnome, por exemplo são mais"user Friendly, parafraseando o Dio.
Ex.: Pega um micro Dell com Linux, o usuário tira o produto da caixa, liga a primeira vez entra na rede wi-fi e a impressora dele geralmente é instalada automaticamente.
Abre um micro com Windows e ele provavelmente vai ter que ir no site do fabricante baixar driver. Já exigiu um conhecimento que o usuário normalmente não tem.
Nesse aspecto de praticidade de uso, pelo menos o Gnome é mais próximo do Android do que o windows. O que o torna mais fácil de usar. Uma área de trabalho, um menu de aplicativos e uma tela que abre as configurações.
Mandar um usuário do windows abrir o painel de controle geralmente tem que ir seguido da instrução de onde fica o painel de controle.

Então, esse é o ponto. Me parece que. Se colocarmos um usuário sem conhecimento na frente de um PC com Windows e com Linux, pelo menos no caso do Ubuntu. Se ele já usou um telefone alguma vez ele se acha mais fácil no Ubuntu.

sim, o ubuntu é bem intuitivo, fora que um usuário totalmente leigo nem ao menos precisa baixar drivers e etc, “out of the box” ele já pode abrir o navegador e ser feliz, quem fala que tem dificuldade em usar ubuntu ou qualquer ambiente com gnome, ta sendo desonesto ou nem ao menos tentou.

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Tenho boas experiências com usuários leigos na família usando MATE e GNOME, mas eles não fazem as atualizações dos sistemas. Eu ainda cuido da instalação e das atualizações entre versões. Eu raramente recebo alguma demanda, geralmente não recebo nenhuma mesmo, só entro em contato quando preciso atualizar (nessa última do Leap 15.1 para o 15.2 eu fiz via AnyDesk).

Em compensação, ouço “histórias de horror” associadas ao Windows de diferentes tipos de pessoas no meu círculo social.

Sim, para uso básico, qualquer distribuição com Plasma ou GNOME costuma fornecer abstração e facilidades suficientes. Para uso corporativo ou intermediário, eu já acho que faltam coisas e isso historicamente foi suprido por algumas distribuições, que desenvolveram ferramentas próprias de configuração. É aí que eu divirjo da ideia de que é uma boa ideia instalar um Ubuntu da vida.

Por outro lado, sobre o uso do terminal, eu acho que, sim, é mais fácil usar linha de comando no Linux, por uma série de motivos, desde a sintaxe até a abundância de material, mas eu acho que a maioria das pessoas sente muita dificuldade porque passa a ser responsabilidade do usuário compreender as abstrações que estavam dentro de metáforas intuitivas dos ambientes desktop. É uma barreira grande, entretanto, não acho que é difícil ensinar o usuário a utilizar um programa que roda em modo texto (a Casas Bahia usava Window Maker e x3270, com as vendas sendo feitas via terminal e a Fast Shop tinha o sistema rodando em HP-UX, acessado via emulador de terminal em Windows).

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Como o pessoal ja falou aqui, eu acho que isso tem mais a ver com a pessoa que já está acostumada com uma coisa ter que aprender algo diferente. Eu acho um pouco injusto a gente querer sempre comparar o Windows com o Linux, porque são sistemas diferentes, e a forma como eles funcionam e como a gente interage com eles tem suas diferenças também.
Eu não acho que o terminal é uma coisa “ruim”. Acho que se o usuário se interessar de aprender a fazer algumas coisas básicas, aquilo vai facilitar a vida dele.

Mas realmente, eu também acho que é possível um usuário leigo usar um sistema como o Ubuntu ou Linux Mint sem usar terminal pra nada, a não ser que ele queira fazer muitos ajustes no sistema.

É o mesmo que acontece no Windows, geralmente ninguém está interessado em aprender muito sobre o funcionamento do sistema, ou configurar muitas coisas no sistema, a pessoa só quer usar.

Eu mesmo usei Windows por anos, e uso Linux a 1 ano e meio, e acho que não sei praticamente nada de Windows, comparado ao que eu aprendi e estou aprendendo usando Linux.

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