Eu sempre gostei de customizar os sistemas que uso. Desde o Windows 3.1. Lembro-me nessa época que meu pai assinava revistas de informática que vinham com disquetes com diversos apps. Nossa como as coisas evoluíram de lá pra cá. E numa dessas revistas veio um programinha que me permitia fazer mais customizações no Windows 3.1, tal como colocar ícones animados nos atalhos dos programas instalados.
No auge do Windows 98, com aquele recurso de colocar um site como plano de fundo da área de trabalho. Eu, que estava aprendendo a mexer com construção de site, eu fiz um site local onde coloquei uma maneira diferente de acessar as coisas no meu Windows. Ocultei a barra de tarefas e deixei tudo de uma maneira mais interativa, digamos assim.
Depois, com a popularização da internet, eu descobri uma aplicação de customização do Desktop chamado Window Blinds. Que me permitia fazer diversas customizações no Windows. Algo muito inovador pra época.
Eu comecei no mundo Linux pela interface KDE. O primeiro Linux que usei foi o Kurumin, feito no Brasil pelo Carlos Morimoto. Infelizmente essa distro acabou e ficou na história. Eu sempre gostei do KDE pela imensa capacidade de personalização sem muito esforço e uso de programas de terceiros. Já usei XFCE e Cinnamon. Mas o KDE, mesmo sendo mais pesado, sempre me agradou mais.
No Windows sempre gostei de usar temas diferentes, de terceiros, o que exige uma modificação de arquivo do Windows ou a utilização de programa de terceiros. Algo que no Linux, ainda mais com KDE, eu consigo de forma muito fácil e nativa no sistema.
Por isso quando resolvo usar alguma distribuição Linux eu procuro bem, não só por uma que seja com KDE, como uma que possua muitos apps em seu repositório e me possibilite deixá-la, visualmente, completamente ao meu gosto.
Não conhecia o Big Linux e confesso que estou muito contente pelo que ele tem me proporcionado. Admito que estou tendo que reaprender a usar o Linux, pois eu estava mais familiarizado com distros Ubuntu / Debian. Mas nada que me assuste.
Emfim em tempos difíceis como o que estamos vivendo não dá pra ficar gastando. Eu estava enfrentando problemas com aplicações gráficas e minha GPU AMD. Após muito procurar sobre, inclusive soluções. Me foi mostrado que, no caso de uma GPU como a minha, o desempenho dela no Linux é centena de vezes melhor que o obtido no Windows. Fato que pude comprovar na prática. Então como, para resolver questões gráficas no WIndows eu tenho que trocar minha GPU por uma Nvidia do mesmo nível ou mais atual, eu resolvi deixar o Windows e ficar no Linux. Não me arrependo da escolha que fiz.
O SSD com Windows, que já está até bem usado, 80% de vida útil, segue aqui intocado. Eu gastei pouco nesse caminho que escolhi. Pois comprei um SSD novo de 480Gb e deixei para o Linux. Aqui está funcionando perfeitamente. Minha GPU AMD funciona muito bem, não apresenta bug algum. Não esquenta demais, nem fica ruidosa quando em uso. Estou super satisfeito. Se meu setup gamer de 2017 durar até o final de 2026 está bom. Quando as coisas melhorarem novamente eu penso em upgrades de hardware.
Essa escolha pelo Linux me fez economizar entorno de 1600 reais. Então pode-se considerar que foi uma boa decisão para o momento.
Como, com o tempo, acabamos, em suma maioria, ficando mais acostumados ao Windows. E, muitas das vezes, não nos damos conta de que uma boa distribuição Linux pode, tranquilamente, atender às nossas necessidades.
Sou Jornalista e Youtuber. Admito que, tudo que faço no Windows, consigo fazer usando uma boa distribuição Linux. Tanto é que está fazendo. E tenho a vantagem que meu hardware de 2017 funciona muito melhor que no Windows, ainda mais o atual 11.
Mas eu reafirmo que, só pela economia, minha escolha valeu a pena. Admito que se soubesse que minha GPU funcionaria muito melhor no Linux com aplicações que usam como base o OpenGL. Eu poderia ter migrado há mais tempo. Enfim, vivendo e aprendendo.