Método de partição Ssd + hdd

Olá pessoal,

Acabei de comprar um ssd de 480gb para substituir meu HD de 1tb e acelerar um pouco minha máquina. Mas não sei qual melhor método de partição eu posso usar para aproveitar a combinação do ssd com o HD.

O que eu tenho em mente é substituir meu hdd pelo ssd e usar o hdd num caddy no lugar do drive de cd/DVD como disco secundário de armazenamento.

As configurações do meu notebook sao: I7 dual core 5 geração, 8gb de ram, 1tb de hdd e uma gpu nvidia de 2gb dedicada.

As opções que estou considerando com base nas pesquisas que fiz na Internet sao:

1 - Instalar a /raiz , o /boot/efi e /swap no SSD e a /home no hd.

2 - Instalar a /raiz, /boot/efi, /swap e /home no ssd e talvez um /media no HD pra salvar arquivos.

Qual o melhor approach? Deixar o /home e /root na mesma partição or deixar o /home no HD separado?

E aproveitando, é necessário criar uma partição de swap ou posso deixar o Linux mint criar o swapfile e gerenciar o swap por ele?

Obrigado pessoal!

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Olá :vulcan_salute:

Bem, preferiro algo parecido com a opção 2: deixar o sistema no SSD e o HD para salvar arquivos.

Por exemplo, aqui uso um HD externo e crio links simbólicos de pastas do HD nas respectivas pastas da home, ou seja, em cada pasta (Documentos, Downloads, Música, etc.) crio um atalho com o nome de HD, assim, se eu precisa formatar por alguma eventualidade, não preciso me preocupar em fazer grandes backups.

Outra coisa que não faço já que salvo tudo no HD externo, é não criar uma partição separada para o /home, ou seja, só crio o /.

Bem, caso não seja criada durante a instalação, eu uso e recomendo a ZRAM.

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Vai depender do seu uso. Como é um SSD de 480 GB, é mais do que suficiente para um usuário comum instalar o S.O. e armazenar seus arquivos. Se fosse eu, eu instalaria tudo no SSD, com sistema de arquivos Btrfs, backups com Timeshift + Btrfs (Timeshift já vem instalado no Linux Mint), e deixaria o HD para armazenar backups adicionais, jogos ou qualquer outra coisa…

Você pode também instalar a raiz no SSD e o /home no HD, ficaria bom também. Mas na minha opinião, com um SSD de 480 GB, isso seria um desperdício, pois sistema não vai ocupar nem 100 GB do seu SSD (e isso porque estou chutando alto).

Quanto a isso, depende. A partição separada para SWAP é necessária se você pretende usar o recurso de hibernação. Caso contrário, pode deixar o Linux Mint criar o swapfile mesmo.

O amigo sugeriu no comentário acima usar o ZRAM, eu particularmente acho mais vantajoso usar o ZSWAP. Para não ficar muito grande a resposta, vou deixar um artigo que explica o que é isso e faz uma comparação entre eles, para que você possa escolher qual o melhor para você. Vou deixar também um link de passo a passo de como ativar o ZSWAP no Ubuntu e derivados.

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Eu uso a opção 2. Daí crio um link simbólico no /home/user/hdd para apontar pro /media/meuhdmodelocomnomegrande/user

O @kevinlucasilva e o @Thiago12 já abordaram várias opções, inclusive diferentes modalidades de Swap.

Eu não jogo, por isso não posso avaliar quanto espaço você poderá usar (ou não) para os games – e também, se vai deixá-los na /home, ou se podem ficar em alguma partição extra. – Apenas quero frisar que o meu particionamento não leva isso em consideração.

Além disso, tenho várias distros em dualboot (ou multiboot), por isso, não faço “backup de sistema”. – Se alguma distro sofrer um desastre, posso reiniciar a máquina, escolher outra, e em 2 minutos posso continuar com minhas tarefas. – A única exceção é o openSUSE, que instalei em BtrFS com direito a snapshots, que me permitem voltar atrás, caso alguma atualização dê problemas (coisa muito rara, no meu caso).

Portanto, considere o que vou expor, apenas para extrair uma ou outra informação que possa lhe ser útil – e não, como um “modelo” a ser seguido por ninguém, pois cada um deve escolher suas próprias opções.

Meu SSD também é de 480 GB – e nele mantenho a partição EFI + 11 distros em partições de 30 GiB (cada). – Só a partição do openSUSE, é que tem 50 GiB, pois os snapshots consomem algum espaço extra.

Sobram 65 GiB de espaço não-alocado. – Caberia uma partição Swap de 16 GB (tamanho da minha RAM), mas prefiro deixar esse espaço para uso eventual, pois até hoje não vi nenhuma distro usar o Swap para nada (e eu não uso Hibernar ou Suspender), então, não sinto necessidade de “rapidez” no Swap:

(Sim, este é meu “sda”. – Só o Redcore é que tem mania de montá-lo como “sdb”, às vezes).

Minha partição Swap (10,5 GiB) e minhas 12 partições /home (15 GiB, cada) ficam num HDD de 1 TB:

Minhas partições /home são pequenas, porque não as uso para salvar documentos etc. – Elas guardam apenas os arquivos (ocultos) de configurações pessoais, Wallpaper, e meia-dúzia de scripts. – Meus documentos, imagens etc. ficam em partições extras (Warehouse, Sites, Works), de uso comum para todas as distros.

Limpar as partições /home é fácil. – Em geral, o que “cresce” é o cache de imagens (Gwenview), do navegador e do GoogleEarth:

As partições-raiz também podem ser consideradas “pequenas” – principalmente no caso de distros que guardam cache dos pacotes baixados e instalados. – Fiz uma limpeza no Arch há poucas semanas, mas ainda não no Manjaro e no Void, como vejo pelo Conky:

(No Debian, KDE Neon, MX Linux e PCLinuxOS, uso o Synaptic com a opção de limpar os pacotes do cache, assim que são instalados. – No openSUSE, limito o número de snapshots a serem mantidos; e às vezes estabeleço um novo “marco zero”).

Esses tamanhos foram “testados” no meu antigo PC, de 2017 a 2019 – quando eu usava partições de 25 GiB, tanto para “raiz” quanto para /home. – Foi com base naquelas observações que decidi mudar, no PC atual:

2020-01-10_10-40-03_F-Conky-DISTROS-dualboot_CROP

Tenho um segundo HDD de 1 TB (Depot1), para Vídeos + arquivos pouco usados + backup das outras partições de documentos – e um velho SSD externo USB2 (Depot2), onde faço backup de Depot1. – Mas isso não tem muito a ver com o uso cotidiano do PC.

Velocidade

Logo que montei o PC atual, instalei 4 distros – todas sem Swap e sem partição /home separada. – As distros (openSUSE, Fedora, KDE Neon, PCLinuxOS) costumavam carregar em 11 a 15 segundos.

Agora, elas carregam numa média de 30 a 50 segundos – acredito que devido às /home e Swap no HDD mecânico – e também porque fazem a montagem automática das partições extras (Warehouse, Sites, Works, Depot1) e de todas as outras partições (11 distros = 22 partições).

Mas mesmo que essa demora inicial (boot + KDE Plasma) fosse devida só à /home e Swap em HDD mecânico, a interferência no meu cotidiano seria mínima – não costumo reiniciar o computador, exceto aos Domingos, para atualizar as distros. – No dia-a-dia, não chego a perceber nenhuma “demora” relevante, ao abrir aplicativos ou executar tarefas comuns.

(Se tivesse games no HDD mecânico, talvez isso fosse mais relevante).

Essa é a minha experiência pessoal – num caso bastante específico. – Espero que uma ou outra dessas informações possa lhe ser útil.