Tenho observado que cada vez mais, mais empresas de softwares comerciais deixam de oferecer soluções para linux. Como exemplo há algum tempo deixou de fornecer para linux o Draftsight, CAD alternativo ao AutoCad.
Pergunto se há alguma iniciativa ou se há possibilidade de haver uma iniciativa no sentido de formar uma espécie de “conselho” onde se reúnem ou reuniriam representantes ao menos das principais distros para buscar parcerias com as principais fabricantes de softwares voltados ao setor das engenharias.
Penso que seria uma boa haver uma equipe dedicada a fazer o intercâmbio tecnológico entre as distros e os fornecedores de softwares e, porque não, placas de vídeo, através da qual todas as comunidades linux que queiram lançar/atualizar suas distros para fornecer suporte a um ambiente de trabalho de produção para os setores de outras áreas além da programação que parece ser o único privilegiado nesse sentido.
Acredito que isso mataria dois coelhos com uma só cajadada, permitindo que os fabricantes de softwares e placas de vídeo possam lançar seus produtos com tranquilidade e segurança para plataforma linux e, as comunidades linux saberem que podem simplesmente implementar aquele conjunto de bibliotecas na distro que não terão problemas com retrocompatibilidade ou algo assim.
Será que termos que pagar um “dízimo” um valor simbólico para manter uma equipe assim em pleno funcionamento aconteça o que acontecer com as comunidades linux? Imaginem se duas comunidades brasileiras tome essa iniciativa.
O linux precisa se tornar uma solução, deixar de ser apenas um ambiente para mostrar que é um bom sistema. Ninguém instala um sistema por ele mesmo. Se cada software rodasse sobre seu próprio sistema ninguém instalaria sistemas genéricos como windows, linux ou mac. Acho que as comunidades não crescem mais pq as distros nunca saem do patamar introdutório aos iniciantes na informática e programação.
Está tudo indo pra nuvem, alguns programas em específico ainda não o fizeram. Inclusive o Photoshop e MS Office já possuem versão online.
O que muitos querem funcionando localmente, é pela facilidade de piratear, como é o caso das 2 referidas soluções.
dificilmente alguns representantes por si só consegue algo assim, eu diria representantes comerciais de empresas renomadas junto a alguns lideres de distros conseguem acordos comerciais, exemplo do RedHat + Fedora com Lenovo, Canonical + Dell etc…
Mas não é toda distro que tem uma empresa influente por trás…
Isso existe, chama-se Flathub.
Concordo, eu diria que temos que deixar de tratar as distros (pelo menos as principais) como brinquedo de desmontar, montar, quebrar, brincar etc…
Não entendi seu ponto aqui…poderia explicar de outra forma?
Aqui desenvolvi mais sobre o assunto e acho que, basicamente, precisamos de apoio não apenas de distros (inclusive acho que muitos superestimam a capacidade das distros Linux) mas de devs, usuários e empresas também. Além de darmos mais atenção aos usuários que ja tentam migrar pro Linux por si só…
Em relação a softwares como o Draftsight, frequentemente precisamos usar em campo, ou seja, sem internet ou com conexão limitada. Muitos softwares de engenharia, topografia e cartografia precisam manter uma versão offline para atender importante parcela do público.
O usuário de Linux prefere alternativas opensource ou mesmo gratuitas;
Tornar um produto como o Draftsight opensource não é viável comercialmente pela empresa desenvolvedora, já que são poucos usuários de Linux que fazem doações.
Quem manda são os clientes, se os clientes não adquirem a solução, logo ela não faz sentido existir. É assim que funciona o mundo comercial.
Outros softwares comerciais que o Linux já teve e hoje não tem mais: Corel Draw, Adobe Reader, Borland Kylix, Foxit Reader, Nero Burning ROM, PowerDVD, Real Player, Corel Photo Paint.
Ainda assim, são poucos os softwares fundamentais para um profissional/empresa que ainda tem essas questões.
Mas a realidade é: com o 5G expandindo cada vez mais, esse problema vai reduzir mais ainda.
“Mas torra a bateria do celular…”
Power bankins ajudam no assunto. Conheço várias empresas que usam modem 4g, para o caso de a fibra falhar. Agora imagine com o 5G.
Em momento algum sugeri que os softwares pagos e de código fechado se tornassem gratuitos e de código aberto. Eu até prefiro pagar pelo software para que ele sempre tenha o melhor a oferecer. É o linux que tem que deixar de ser um brinquedo avançado para se tornar uma solução definitiva. Nenhum engenheiro eletricista/civil ou editor gráfico ou engenheiro de áudio e vídeo e diversas outras áreas que usam soluções específicas pode se dar ao luxo de usar um sistema linux sem ter do lado um windows rodando. Para usar o linux é preciso mais do que o desejo.
Concordo quanto a alguns só quererem piratear, mas a realidade é que vivemos num mundo político onde há conflitos e guerras e a internet nunca será um ambiente confiável, portanto ter uma solução online deve ser apenas uma alternativa e apoio ao usuário e jamais a solução sozinha.
“dificilmente alguns representantes por si só cons…” Essa equipe de representantes de comunidades linux não pode estar atrelada a nenhuma equipe de qualquer distro. Essa equipe deve prover às comunidades o código necessário para rodar um Autocad, Draftsight, ou qualquer outro, totalmente testado e cem por cento funcional, cabendo às comunidades implementá-lo em suas distros. Se eu criasse uma distro a partir de agora eu acessaria a plataforma desta Super Equipe e baixaria o pacote para implementar nela e garantir que qualquer usuário final possa usufruir da distro com o que há do melhor dos dois mundos. Um sistema estável com um ambiente maravilhoso e agradável rodando seus softwares de produção.
Vai depender da demanda do mercado, estou a mais de 5 anos usando apenas software e hardware compatível com Linux. Eu sozinho não vou pesar essa balança.
Parece mesmo que falo como se o linux fosse uma pessoa, mas como sabemos não ser, fica claro a direção da sugestão às pessoas que mantém o linux.
Quanto a ser obrigação do fabricante de software eu só concordaria com vc se houvesse uma coisa básica que todo sistema exceto o linux tem. Retrocompatibilidade. As distros tem atualizações regulares e nada garante que na próxima os softwares que estão rodando hoje continuarão rodando depois da atualização. Se eu fosse o fabricante eu também desistiria. O linux não consegue ser compatível nem consigo mesmo. Não dá pra arrotar virtudes de um sistema que não se pode instalar um software e usá-lo ou, que vai funcionar só quando a distro quiser.
O linux é o melhor sistema que jamais podemos usar.
Geralmente as empresas de software desenvolvem seus produtos focando nas distros LTS, o que ameniza o problema. Entretanto, o ideal mesmo é empacotar o software em flatpak e/ou em snap.
Cara e uma coisa que as empresas devem se atentar.
Não custa nada colocar no Linux. Literalmente nada!
O pior que venho vendo e o componente de segurança do Bradesco. Minha cliente tem um notebook rupestre que precisa do windows só pra isso. E não tem pro Linux. Se tivesse colocava agora o Chrome os flex e ativava o modo Linux.
Flatpak soluciona tudo isso que você mencionou. Basta fazer o uso da solução, existir já existe. Crie baseado em um runtime Freedesktop, atualize seu app segundo a runtime , e execute ele da mesma maneira nas principais distribuições Linux. Distribua por conta própria, algumas fabricantes ainda podem querer manter controle total, ou tenha o Flathub como vitrine (em breve chegará o recurso para apps “pagos” no próprio Flathub).
É uma opinião interessante. Entretanto, gostaria de apontar que o ambiente do código aberto costuma funcionar de uma outra maneira: os usuários também são, por vezes, desenvolvedores de suas próprias ferramentas. Logo, o que geralmente ocorre com mais frequência é que uma alternativa a um software x, por exemplo, é criada por alguém que necessitava de tal software em sua plataforma. Conheci um caso de um programa que a origem dele simplesmente ocorreu porque o desenvolvedor principal não conseguiu utilizar bem as ferramentas que já existiam.
As desenvolvedoras de software não tem motivo para destinar vários milhares de dólares em projetos e reformulação de código para uma parcela relativamente menor do mercado. Então, a menos que alguém realmente queira criar, pensar, organizar, programar, consertar possíveis bugs e ainda cuidar da interface (tudo isso apenas com a vontade e raras doações), a alternativa ao AutoCAD da AutoDesk nunca existirá.
A Draftsight agiu de má fé, eles usam Qt o que significa que tanto faz o software ser feito para Windows quanto pra Linux, o trabalho é exatamente o mesmo porque o código é o mesmo, eles sequer precisavam gastar, porém também precisavam de gente disposta a testar logo forneceram suporte para Linux para ter um monte de testadores, na versão 1.0 depois de receber marketing gratuito e furar a bolha dos CADs simplesmente cortaram o suporte economizando 0 dinheiro e 0 tempo de desenvolvimento dedicado
O que acontece é que as grandes desenvolvedoras de software simplesmente não querem portar para Linux, algo como você sugeriu existe (acredite ou não) desde 2004, antes como uma solução server-side (klik) depois em 2013 para algo totalmente do lado desenvolvedor então simplesmente não o fazem porque simplesmente querem fazer, triste mas é isso que temos