Bem diferente da faculdade do pessoal que ajudei. Lá exigiam que entregassem em MS Word, e não somente as versões para o orientador, mas o trabalho pronto. Sobretudo, era obrigatório inserir uma página como capa toda colorida com o logo da faculdade, também feita em MS Word. No mais, antes de conhecer Lyx fiz alguns TCC’s usando apenas o LibreOffice Writer e para entrega para o orientador, enviava em formato em pdf. Cada instituição de ensino tem suas normas (ou manias) para atender aos softwares que ela utilizam. Dizem que o trabalho é ABNT e que por isso, a fonte deve ser Arial ou Times New Roman, alegando que isso está definido na norma.
Eu não disse em outros tópicos que infelizmente o LibreOffice tem problemas com alguns recursos proprietários da Microsoft?! Isso vive ocorrendo em instituições públicas como universidades que por um motivo ou outro acabam tendo que lidar com arquivos avançados gerados em MS-Office.
A norma deveria pedir uma fonte de métrica similar, nunca uma fonte cujos direitos são detidos pela Linotype. Se exigem uma Times Roman ou Times New Roman da vida e eu estou produzindo em LaTeX, eu declaro \usepackage{times} no preâmbulo, mas é só, não faço nada extra para garantir a consistência (tenho para mim que ninguém vai chamar um tipógrafo para atestar se a métrica é a mesma).
Eu estudo numa universidade pública e só me recordo de um episódio de imposição de formato, numa disciplina de prática científica. Como já não estava gostando das aulas, eu preferi cursar com outro professor.
Mas há governos que fornecem dados abertos em formatos do Microsoft Office, infelizmente.
Minha formação também foi em universidade pública (estadual) e lá as pessoas viviam às voltas com documentos desconfigurados elaborados em máquinas com MS-Office.
No caso, estudei em universidade particular, com bolsa de estudos, mas independente disso, essa exigência de fontes proprietárias incomoda. Quando formato algo ao estilo ABNT utilizo as fontes liberation serif ou sams, muito semelhantes. Ruim mesmo é quando tenho que instalar algum programa de SPED, que dão erro caso não detecte fonte Arial no sistema.
Sobre, a questão dos formatos de documentos, indiretamente a própria ABNT favorece a adoção de formatos proprietários, principalmente quando por tabela ela escolhe fontes proprietárias mesmo existindo equivalente em formatos abertos, algumas instituições podem barrar o uso de equivalentes ao passarem um “pente fino” nos textos. Alguns periódicos científicos podem por exemplo em busca de um preciosismo na diagramação/editoração recorrerem a essa averiguação. Nesse caso o Latex mencionado deve ser uma excelente opção.
Uma das vantagens do Overleaf é, justamente, a presença de vários modelos, inclusive de instituições nacionais de ensino superior. É muito fácil escolher e começar a trabalhar.
Também é possível tirar proveito dos templates mesmo sem trabalhar no Overleaf. Ele permite exportar o projeto recém-criado com o template na forma de um arquivo compactado.
Já vi pessoas que começaram a fazer o TCC no Libreoffice migrarem para o Word por não conhecerem esse truque de sobrescrever índices de notas de rodapé.