Laptops Framework - o fim da obsolescência programada?

Estava assistindo um review do canal Coisa de Nerd sobre uma promessa de laptop muito interessante, da empresa Framework, que pretende ser o oposto do q praticamente todas as empresas estão fazendo: deixar q o usuário escolha as configurações, como a quantidade de portas USB, se quer porta HDMI, se quer comprar com HD ou SSD, etc.

@Dio dá uma conferida, pra ver se rola um vídeo.

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Muito interessante mesmo!

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Só depois de 1 tempo q fiz o post fui ver q tem comentário do Dio no canal de clips a respeito.
Mas nada q 1 post, matéria ou mesmo 1 vídeo + detalhado não venha a acrescentar.

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Simplesmente sensacional!!

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Essa empresa tem muito futuro, é uma pena que essas coisas legais demoram pra chegar no Brasil

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Massa!
Se der certo (e tomara que dê), vamos deixar de sofrer por notebooks que não têm todas as configurações que desejávamos, mas que precisávamos abrir mão de certas configurações para priorizar outras.
Sobre a obsolescência programada, acho que ainda não seria a pá de cal nela, porque mesmo que esse laptop faça sucesso, ainda tem toda a questão de sempre renovar periféricos (placa de vídeo, processadores, etc), mas vejo como um grande avanço para a liberdade do usuário de personalizar sua própria máquina.

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Toda proposta que seja modular e que trabalhe com “open hardware” certamente seria melhor do que o que temos atualmente, inclusive, contribuiria para a diversidade de opções e consequente queda de preços e melhoria da qualidade. Temos algumas iniciativas nesse sentido, o problema é que quase sempre, por um motivo ou por outro isso não chega às massas ou não têm adesão popular.
Eu certamente seria um cliente.

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A questão é que a modularidade terá um preço: o produto não será tão leve, a bateria não durará tanto e pagará mais caro.
A questão é até que ponto ele será compatível com novas tecnologias. Muitas vezes, a obsolescência programada se dá por um detalhe, e nenhum fabricante pode fugir disto.

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Sim, com certeza, mas, eu ainda acho melhor um aparelho mais pesado e mais espesso, do que um que você fica refém do fabricante em tudo, e em alguns casos, o mesmo se torna quase que descartável e com um prazo de vida útil de 2 anos.
Componentes soldados e baterias internas então, foram as maiores armadilhas criadas pelos fabricantes, vendendo ilusões para os consumidores aceitarem essas práticas.
Havendo opções também tanto para quem quer um hardware todo fechado e integrado tipo by Apple, quanto para quem quer algo todo aberto e modular, e nesse último caso, existindo concorrência por meio de opções, mesmo esse preço (falo do monetário) pode ser significativamente reduzido.

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Bateria interna não significa necessariamente bateria difícil de trocar. O laptop framework mencionado neste tópico e diversos modelos da System76, da Tuxedo e da Pine64 têm baterias internas. Não significa que o procedimento é difícil (na verdade, é muito fácil). Até laptops de empresas como Asus, por exemplo, costumam ter acesso bem facilitado, bastando remover uns poucos parafusos e desconectar um cabo.

Reforço o que eu disse em outras ocasiões: há algumas vantagens ao utilizar baterias internas e, em diversos casos, elas são simplesmente necessárias devido ao design e aos requisitos de autonomia do equipamento. Se não houvesse benefícios e fosse meramente uma ilusão, empresas que prezam tanto pela modularidade não utilizariam baterias internas.

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Bem respeito sua opinião, mas tenho a visão do usuário geral. Mantenho minha opinião já justificada no outro tópico sobre esse fato em particular. Eu me coloco ao lado daqueles que advogam o chamado “Direito ao Reparo” e continuo acreditando conforme o postulado pelos grupos de ativismo anti-obsolescência que a bateria é um caso sim de tornar o usuário refém das decisões do fabricante, como têm ocorrido de forma generalizada tanto na indústria eletrônica, quanto na mecânica. O fato desse fabricante em particular ter adotado esse tipo de bateria interna, em contradição ao feito com os demais componentes, caberia a uma justificativa do próprio.
Sobre ser fácil trocar uma bateria interna, eu tenho uma visão distinta que vê de forma muito relativa essa qestão, pois, a maioria esmagadora do usuário-médio jamais teria coragem de desparafusar, às vezes completamente, o seu laptop para trocar uma bateria, sobretudo, por falta de experiência, coisa que ele fazia normalmente e sem ajuda de terceiros em uma bateria modular. Ainda sim, existem aqueles que se arriscam e não são incomuns os relatos de pequenos estragos nessas operações. Têm muita gente por exemplo, que não tem o menor temor de abrir o gabinete de um desktop, sobretudo, daqueles modelos com tampas facilitadoras de abertura, contudo, nesse mesmo grupo de pessoas com alta intimidade com a parte interior de desktops, existem aqueles que sequer cogitam fazerem o mesmo nos notebooks, dada a fragilidade interna, dificuldade de acesso a certos componentes e proximidade entre um componente e outro, havendo relatos aqui mesmo no fórum.
Se você realizar um levantamento mesmo que informal, verá que a maioria dos usuários de notebooks mesmo para realizarem tarefas mais básicas de manutenção ou upgrade, recorrem a assistências técnicas ou pessoas mais experientes.
Se não há uma reclamação maior quanto a isso, se dá justamente por dois motivos:
1 - Uma parte dos usuários (minoria) têm intimidade na manutenção de notebooks, portanto, não é nenhum problema realizar qualquer procedimento do gênero;
2 - Outra parte (maioria) face ao consumismo e obsolescência acaba por inevitavelmente substituir o hardware (ou deixá-lo como está) antes de sentir os efeitos do fim da vida útil da bateria.

Saiu, mais um vídeo sobre o tema:

Inclusive, notem que o próprio Miguel no vídeo faz alguns adendos justamente no quesito da bateria.

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Defendo completamente o Direito ao Reparo e me oponho às práticas que favorecem a obsolescência. Busco também sempre maximizar a vida útil de todo aparelho adquirido. Contudo, ao mesmo tempo me posiciono considerando uma visão que compreende aspectos da Engenharia.

O fabricante deste laptop framework adotou a bateria interna. E ele não está sozinho. Conforme mencionei, há inúmeras empresas no mercado que adotam um posicionamento de defesa máxima à modularidade e essas mesmas empresas utilizam baterias internas em diversos de seus equipamentos.

A compreensão desse fato não depende de justificativas dos vários fabricantes, mas da observação de vantagens que a adoção de tal alternativa oferece. Baterias internas:

  1. Reduzem os custos de fabricação, já que eliminam encaixes, contatos e circuitos extras;
  2. Reduzem o custo final do equipamento;
  3. Permitem utilizar o espaço livre dentro do projeto do equipamento - por exemplo, aquele deixado pelo obsoleto drive de DVD - para maximizar o tamanho da bateria e, consequentemente, a autonomia;
  4. Possibilitam a redução da espessura dos aparelhos, uma vez que se adaptam com maior flexibilidade a formatos variados e finos;
  5. Resultam em equipamentos mais leves;
  6. São menos suscetíveis a danos causados por impactos externos e à oxidação de contatos;
  7. Com baterias maiores e mais resistentes - dado o avanço das células de Lítio -, a durabilidade tornou-se muito maior e há possibilidade bem considerável da troca nem ser necessária durante toda a vida útil do equipamento.

Se você dissesse que deveriam existir mais alternativas de notebooks com baterias modulares no mercado, favorecendo o público que valoriza essa característica, eu concordaria totalmente. Contudo, dizer que a preferência por baterias internas é apenas uma “venda de ilusões” é uma informação que não corresponde à prática. Tanto é que empresas que defendem “com unhas e dentes” o Direito de Reparo (e estão de parabéns!) têm também adotado baterias internas em seus equipamentos, simplesmente porque as vantagens não podem ser ignoradas enquanto, ao mesmo tempo, é possível ter um procedimento de troca simples. E elas conciliam isso (um exemplo é o próprio laptop mencionado neste tópico: trocar a bateria interna não é mais difícil que adicionar um pente de RAM).

A imagem acima, retirada do vídeo, evidencia a perspectiva da Engenharia. Basta observar a portabilidade do aparelho, a disposição dos componentes e toda a área ocupada pela bateria.

Isso quer dizer que a obsolescência deva ser desconsiderada? Não! É sim possível que a empresa dificulte a troca da bateria de propósito, como a Apple, por exemplo, faz (não estou falando apenas do fato da bateria ser interna, mas de outras características que dificultam a troca). Mas nem toda empresa é a Apple… E atribuir isso de forma generalizada e ignorando os benefícios não é correto.

Raramente é preciso desmontar todo o equipamento para troca da bateria. Muitas vezes basta apenas remover alguns poucos parafusos, retirar parte da carcaça e puxar um conector (como no caso deste laptop framework). Já troquei algumas dessas baterias (apesar de não trabalhar com isso). Mas, mesmo considerando que diversos usuários tendem a não executar o processo por receio (concordando com o que você disse), trata-se de procedimento de rotina que mesmo assistências mais simples fazem rapidamente e a custo baixo. Portanto, não há fator realmente impeditivo para a troca de uma bateria, algo que é completamente diferente de ter a memória RAM soldada na placa.

Há muitas perspectivas a serem consideradas para a análise desta questão, e não acho justo julgar o fato como pura má-fé de fabricantes. :wink:

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