OpenGL é uma API antiga. Para aplicações como jogos, trata-se de uma forma ineficiente de se comunicar com o hardware em comparação com o Vulkan, que é bem mais recente. O Vulkan é uma API gráfica de nível mais baixo, que consequentemente consegue melhor nível de otimização.
Para melhorar o desempenho dos jogos, a Valve tornou o Vulkan (DXVK) padrão no Proton há bastante tempo. A única razão para forçar o uso do OpenGL é quando não existe suporte disponível para o Vulkan, ou quando a execução por meio do Vulkan resulta em algum problema.
O impacto varia conforme o hardware e o jogo. DooM 2016, por exemplo, demonstra o impacto que isso pode fazer. É bem maior que “alguns pouquíssimos quadros”:
Além disso, há ainda a questão do menor overhead depositado no processador ao usar o Vulkan por meio da camada de compatibilidade (ou seja, a tradução de comandos exige menos do processador, rodando de forma mais leve). Eu joguei bastante o DooM 2016 no Linux quando tinha um Core i5 4670K e o ganho de desempenho com o Vulkan era brutal.
No Mad Max, mesmo quando o suporte a Vulkan ainda era inicial no Linux, já era possível ver o salto de desempenho:
Dota 2 é um jogo que roda de forma nativa e, portanto, sofre menos impacto. Ele é um conhecido exemplo de jogo que não apresenta ganhos tão significativos ao usar Vulkan (até por ser extremamente leve). Contudo, mesmo assim o Vulkan pode apresentar ganho de desempenho:
No exemplo acima, a média subiu de 114 para 135 FPS e as mínimas permaneceram semelhantes.
No CS:GO, mesmo rodando por meio do DXVK (ou seja, com o peso da camada de compatibilidade), o Vulkan tende a desempenhar melhor que o OpenGL nativo:
No kernel Linux, a média subiu de 217 FPS (OpenGL nativo) para 267 FPS (Vulkan por meio do DXVK) no teste acima. Um belo ganho.
Se fosse verdadeiro que o OpenGL é tão eficiente quanto o Vulkan, o OpenGL seria a API preferencial dos desenvolvedores de jogos e da Valve. Não é o caso. O Vulkan é o sucessor que continua a substituir, cada vez mais, o OpenGL em jogos.
No mais, a utilização de fonte externa é sempre a pior forma de instalar um aplicativo no Linux. Mesmo que o pacote .deb disponibilizado no site seja preparado para rodar no Ubuntu, não há benefício em utilizá-lo, tendo em vista que o sistema já fornece o programa nos repositórios.
Em outras distros, basta usar a versão dos repositórios (steam é um pacote bem comum e está presente nos repositórios oficiais da maioria das distros populares), podendo-se optar também por Flatpak ou Snap, para evitar os problemas de dependências e obter os recursos de atualizações automáticas e sincronizadas com o sistema. O importante é evitar baixar diretamente do site, de forma a não ter problemas como este: Erro ao instalar pacote .deb devido à falta de programas executáveis no PATH do sistema