Olá
Então você entrou no mundo Linux e está em dúvida em meio a tantos ambientes gráficos? Te entendo, também já passei por isso. Mas hoje eu estou aqui para lhe apresentar os mais populares, e talvez te ajudar a encontrar seu ambiente preferido.
- O que é Ambiente Gráfico?
Um ambiente gráfico é o conjunto de componentes que lhe fornecem elementos comuns de interface gráfica do usuário (GUI), como ícones, barras de ferramentas, papéis de parede e widgets desktop.
Existem vários ambientes gráficos e esses ambientes gráficos determinam como seu sistema Linux parece e como você interage com ele.
A maioria dos ambientes gráficos tem seu próprio conjunto de aplicativos integrados e utilitários para que os usuários tenham uma sensação uniforme ao usar o sistema operacional.
- Principais Ambientes Gráficos
GNOME 3
O GNOME (GNU Network Object Model Environment) é um ambiente gráfico usado por algumas das distribuições mais famosas (Ubuntu, Fedora, etc) e dá origem a outros ambientes gráficos (Pantheon, Cinnamon, Endless Shell, Manjaro etc).
A comunidade de desenvolvimento do GNOME conta tanto com voluntários quanto com empregados de várias empresas, inclusive grandes empresas como Hewlett-Packard, IBM, Novell, Red Hat, Oracle, entre outras. Por sua vez, o GNOME é filiado ao Projeto GNU, de onde herdou a missão de prover um ambiente de trabalho composto inteiramente por software livre.
O GNOME 3 é o resultado do desejo da Fundação GNOME de oferecer uma plataforma com ênfase especial à usabilidade, acessibilidade e internacionalização.
O Projeto Fedora tem apoio do Projeto GNOME e é bem simplista, o que tornaria o Fedora a experiência mais “pura” do GNOME. “Sem extensões pré-instaladas” (pelo menos de personalização) e sem muito bloat.
Plasma 5
O Plasma é a quinta e atual geração do ambiente gráfico criado pelo KDE
principalmente para sistemas Linux. O Plasma 5 é o sucessor do Plasma 4 e foi inicialmente lançado em 15 de julho de 2014.
O Plasma é usado em diversas distibuições, como KDE neon, Kubuntu, RegataOS, Manjaro, etc. O neon seria a experiência mais pura com Plasma, por ser produzido pela equipe KDE também.
O objetivo do Plasma 5 é apresentar um sistema com visual atualizado, limpo e familiar ao usuário. Ele é um dos ambientes mais customizáveis, com configuração para quase tudo. Também tem uma certa semelhança com o Windows, o que o torna muito bom para quem vem deste sistema.
XFCE
O XFCE pretende ser rápido e leve, enquanto ainda é visualmente atraente e fácil de usar e incorpora a filosofia UNIX tradicional de modularidade e reutilização.
Consiste em pacotes separados que juntos fornecem todas as funções do ambiente de trabalho, mas podem ser selecionadas em subconjuntos para atender às necessidades e preferências dos usuários. Outra prioridade da Xfce é a adesão aos padrões, especificamente aqueles definidos no freedesktop.org.
O XFCE é ultilizado em algumas distros como Xubuntu, Manjaro, openSUSE, etc. O XFCE do openSUSE vem sem quase nenhuma modificação, o que o tornaria a experiência ‘pura’ XFCE.
DDE
O DDE (Deepin Desktop Environment) é usado principalmente no Deepin, mas também pode ser ultilizado em outras distros como Manjaro, Arch (até por que o Arch tem versões com quase todas as interfaces, assim como o Manjaro), Fedora, etc.
O DDE tem um look and feel bem ao estilo macOS, mas tem um modo em que pode se parecer com o Windows (mais com o 7 do que com o 10).
O Deepin seria a experiência mais pura com DDE (por ser desenvolvido pela mesma equipe).
Cinnamon
O Cinnamon é um fork do GNOME, e é o ambiente gráfico principal do Linux Mint, mas está disponível em outras distros, como Manjaro, Arch (olha eles aqui denovo), Debian, openSUSE, etc. Também estão desenvolvendo uma nova flavour oficial do Ubuntu, com essa interface gráfica.
O objetivo do Cinnamon é oferecer uma experiência desktop mais tradicional, e é bem parecido com o funcionamento do Windows também. Ele é bem customizável, como diz o Dio o Cinnamon seria um KDE Plasma do mundo GTK.
Pantheon
Outro fork do GNOME, e também parecido (muito) com o macOS. Ele é o principal ambiente gráfico do elementary OS, mas pode-se instalar em outas distros, como Manjaro, Arch (ah, jura?), Fedora, etc.
O Pantheon inicialmente era um conjunto de temas para o Ubuntu, que mais tarde estreou em um distro baseada no Ubuntu, o elementary OS. O Pantheon é construído inteiramente com software livre, assim como o GNOME.
LXDE/LXQt
O LXQt seria o sucessor do LXDE, que é conhecido por sua leveza. O LXQt não é tão leve quanto o LXDE, ele tá mais pra um XFCE em quesito desempenho.
O LXQt é ultilizado atualmente pelo Lubuntu (que até a 18.04 usava LXDE), mas pode ser instalado em outras distros, como Manjaro, Arch, Fedora, Debian, etc.
O objetivo do LXQt/LXDE é entregar um desktop bem leve, que funcionaria em máquinas bem mais antigas.
MATE
O MATE seria a continuação do GNOME 2, então é muito parecido com o Ubuntu 10.04 e anteriores.
O MATE também é bem leve, mas não tanto quanto o LXDE. Ele é ultilizado no Ubuntu MATE, mas pode ser instalado no Manjaro, Arch, openSUSE, Debian, Fedora, etc.
E estes são os principais ambientes gráficos (pelo menos os que eu lembrei). Esqueci de algum ou gostaria de falar sobre outro? Diga aí embaixo