Fox Review: Linux serve para mim!

Olá, tudo bem? Feliz Ano Novo!

Não tenho um blog ou coisa do tipo, então resolvi postar isso aqui mesmo na sessão off topics, como uma review minha da experiência Linux de uma forma geral.

Bem, na verdade eu já tentei usar Linux há muito tempo, na época do Ubuntu 16.04, que eu tentei instalar várias e várias vezes em um notebook emprestado e nunca consegui, o que resultou em uma bios corrompida, e ressarcimento para parte de quem emprestou. Resolvi deixar Linux de lado e continuar usando Windows, simplesmente por que funcionava, mas havia ficado com a experiência na cabeça.

Alguns anos depois, com vários hardwares novos, na época do Ubuntu 19.10 (ainda tenho carinho por que o nome é fofo, Eoan Ermine <3), me empolguei bastante ao aprender sobre o Linux Mint e testar em um notebook antigo que eu tinha e ver que dava certo. Lembro como se fosse hoje, aquela sensação de ter conseguido fazer algo que normalmente a gente não vê ninguém tentando fazer. Não é lá muita coisa, na real, mas pra mim, naquela época, era. Comecei a instalar o Mint em tudo, várias vezes alternando entre as três versões disponíveis, procurando a que fosse mais leve e funcional, por que o notebook estava só o pó da bagaceira, tinha só a placa mãe, a tela e olhe lá. Mas de alguma forma foi possível usar, até que por fim ele parou de ligar de todo jeito. Retorno a estaca zero, mas o aprendizado de ter instalado e usado Linux ficou.

Após adquirir um notebook da Avell algum tempinho depois, ficava me divertindo em instalar o Pop!_OS, Mint ou Ubuntu quase que sempre. Ao adquirir uma máquina ainda mais potente, quis deixar tanto o laptop como o desktop com Pop!_OS. Era legal ver o mesmo wallpaper nas duas telas, coisas que divertem a gente no começo, afinal é tudo novo e brilhante. Depois dessa época, comecei um distro hopping terrível, procurando a melhor distro, instalando quase como quem troca de roupa. Aprendi muito, e gastei muito tempo nisso, também.

Infelizmente, por razões pessoais, houve uma época onde fiquei sem acesso a nenhuma tecnologia que não fosse meu celular, após um episódio muito sombrio e dramático.

Fast forwarding para recentemente, estou de volta para usar as tecnologias que tinha antes: computador, teclado musical, e bastante Linux. Comecei a aprender sobre tudo o que não pude durante esse tempo, com direito a mais hopping, e um certo afunilamento em entender o que funciona e o que não para mim, em termos de rolling release ou point/fixed release/LTS, DIY ou preset, WM ou DE, etc. Tem sido uma época de muito aprendizado, sinceramente, e tem sido bastante agradável nesse quesito, salvo alguns cansaços aqui e ali por que realmente, é bastante informação, fora os percalços da vida atrapalhando cá e lá.

No final das contas, hoje consegui me estabilizar em uma distro só, apesar de poder migrar pra qualquer outra se quiser. Não vai fazer extrema diferença, por conta de estar com um hardware melhor, salvo alguns “paper cuts” que encontro onde por um detalhinho ou outro alguma distro não fica legal na minha máquina. Mas agora com um hardware full AMD e 32GB de RAM, difícilmente tenho dificuldades, mesmo nessas distros com esses detalhes.

Finalmente, cheguei a uma experiência estável no Void Linux. Sim, já saí daqui antes, mas agora voltei por que aprendi mais e também por que ele próprio está mais estável, com os bugs que atrapalhavam antes corrigidos, e extremamente funcional. Se há alguma coisinha que preciso corrigir, a solução que encontro na internet funciona, e eu sei fazer. É realmente muito bom quando as coisas dão certo assim.

Outra alegria que tenho tido é não necessitar mais usar o Windows para rodar meus VSTs de piano, pianos virtuais que substituem o som do meu teclado por um de maior qualidade, não só por que a situação do Windows tem piorado cada vez mais (telemetria, AI), mas por que eu sempre quis ficar somente com o Linux por gostar muito dele. Simplesmente há algo nesse sistema que me agrada bastante, várias coisas na realidade, é sempre uma somatória.

Tenho ficado bastante satisfeito em poder tocar música, gravar e postar o vídeo no canal do YT, como fazia antes, que mesmo durante os tempos sombrios onde eu não estava com o mínimo, nem computador, nunca saiu da minha mente. É bem agradável poder exercitar o lado criativo, e é muito importante para mim, e eu consigo fazer isso no Linux! O instrumento VST funciona pelo Lutris com Wine GE que o Lutris mesmo traz facil de instalar; o aplicativo de visual para eu não precisar colocar uma câmera me filmando ou ficar apenas com uma imagem estática é o Keysight, que funciona pelo Proton da Valve no Steam. Esses dois juntos catapultaram a qualidade do meus vídeos muito, mas muito mesmo. E o resultado eu consigo notar na interação que eles geram, coisa que nem antes eu tinha tanto assim; realmente me surpreendeu bastante. A gravação eu faço pelo OBS que roda perfeitamente no Plasma através do Wayland, um sistema com funcionalidade e beleza, além da capacidade de customização. É muito agradável utilizar um sistema assim! Sem todos aqueles percalços da Microsoft…

Felizmente, Linux é tudo o que tenho usado no computador esses dias. E eu consigo fazer tudo o que preciso nele, seja streaming, criação de conteúdo, ou jogar, tudo funciona com pouco ou nenhuma necessidade de intervenção manual. Algumas coisa que não estão disponíveis no mundo Linux eu simplesmente não uso, como tokens físicos (por conta de drivers) ou outros tipos de chaves de identificação, então não me afeta. Posso dizer depois de toda essa experiência, o hopping, o aprendizado, que Linux serve para mim!

Se não for contra as regras, deixo um shameless plug de um vídeo meu, mostrando tudo o que eu falei em ação, feito único e exclusivamente em Linux, desde a gravação a edição e todos os programas involvidos. Agradeço a todos que ouvirem.

4 curtidas