@aguamole O Nouveau é construído essencialmente por meio de engenharia reversa e a documentação liberada pela Nvidia é (e continua sendo) mínima. Não há qualquer apoio decente, e por isso depois de tanto tempo após esse anúncio o Nouveau continua sendo problemático. Não é culpa dos desenvolvedores, mas sim da Nvidia. Não é à toa que ela é tão mal vista pela comunidade GNU/Linux. Se ela quisesse realmente ajudar, bastaria liberar documentação adequada, como a AMD (que também fornece drivers proprietários) faz.
A GT 740M é um chip gráfico lançado em 2013 e comercializado em laptops até 2015/2016. Imagine comprar um laptop e pouco mais de quatro anos depois cessar o suporte ao kernel Linux? Como você se sentiria? Pois é… E nada justifica isso, porque a Nvidia ainda mantém extensivo suporte a diversas placas de mesma arquitetura (Kepler). Defender esse tipo de atitude da Nvidia não faz sentido mesmo fora da comunidade open source: a placa não é tão antiga e não se trata de “roer o osso”. Esse seu comentário não foi legal. A Nvidia não oferece suporte simplesmente porque o market share do produto foi pequeno.
O desempenho do Nouveau é baixo e, no caso de quem tem notebooks híbridos (com Intel HD Graphics e placa de vídeo dedicada Nvidia), não há suporte à seleção de processador gráfico em modo PRIME como o driver proprietário oferece. Além disso, o driver não controla o clock e o fornecimento de energia da GPU corretamente. Basicamente, ao usar o Nouveau em um notebook híbrido, seu chip gráfico dedicado vira um fragmento de hardware sem utilidade que apenas aquece e torra a bateria mais rápido. Não é só questão de ter desempenho em jogos (eu raramente jogo nesse computador e esse chip gráfico nunca foi feito para isso), é questão de usabilidade. Pensar que o Nouveau pode substituir o driver proprietário é ser esperançoso, principalmente no caso desses notebooks híbridos.
Se eu optasse por usar o kernel antigo, ficaria no 5.4 LTS até acabar o suporte (ou até cansar do computador). Já estamos indo para o 5.10. Logo será o 5.11, depois o 5.12, depois o 5.xx… Resumindo: esqueci o rolling release (não faria sentido) e voltei ao Ubuntu 20.10, que está atualmente usando a versão 5.8, e darei uma chance à Canonical que, segundo diversos comentários que encontrei, parece já estar buscando soluções para o problema antes que ele ocorra em futuras atualizações. No Arch alguém parece já ter feito isso, mas a solução não pode ser implementada porque interfere na licença do software proprietário da Nvidia (mais um motivo para não ficar defendendo essa empresa).
Ou seja, a Nvidia não é capaz de fornecer suporte, mas algum programador qualquer da comunidade conseguiu resolver em um estalar de dedos e não pode publicar a solução abertamente por conta de uma barreira de software proprietário.