Distribuições Linux pensadas para ex-usuários do Windows ganham popularidade

Artigo publico no linuxjournal descreve a migração crescente de usuários de Windows para distribuições Linux pensadas para quem abandona o sistema da Microsoft.

Em 2025, esse movimento deixa de ser tendência discreta e ganha força graças a distros que oferecem desempenho, simplicidade e foco em jogos. O exemplo mais citado é o Bazzite, baseado no Fedora e otimizado para gaming, que virou escolha comum entre quem busca um sistema mais limpo e personalizável.

Muitos usuários cansaram das exigências de hardware do Windows 11, dos anúncios espalhados pela interface, das atualizações invasivas e de processos que afetam o desempenho, especialmente em jogos. Esse desgaste abriu espaço para distros Linux que oferecem operação leve, privacidade e experiência direta.

Tecnologias como Proton e Vulkan removeram os principais obstáculos para jogar no Linux, fazendo milhares de títulos rodarem tão bem quanto no Windows. Com Steam integrada, drivers configurados automaticamente, ferramentas como MangoHUD, Proton GE, suporte a mods, HDR, VR e vários tipos de controles, o usuário instala o sistema e começa a jogar quase de imediato.

As atualizações atômicas aumentam a estabilidade e reduzem falhas após upgrades, o que também atrai ex-usuários de Windows por chegar pronto para jogos, manter desempenho consistente, funcionar bem em portáteis, oferecer uso familiar e permitir personalização sem risco de danificar o sistema.

Além do foco em jogos, atraem pela ausência de anúncios, menor consumo de recursos, mais privacidade e personalização poderosa sem truques obscuros. Depois de configurado, o ambiente costuma ser mais consistente e previsível, mesmo para quem não domina tecnologia.

Ainda existem limitações, como jogos afetados por anti-cheat, aplicativos que dependem de Wine ou máquinas virtuais e uma curva de adaptação inicial. Porém, o número de obstáculos diminui a cada ano com mais suporte nativo para jogos, drivers e recursos de desktop.

O sucesso do Steam Deck provou que o Linux consegue entregar experiência refinada ao grande público, e as distros voltadas a ex-usuários de Windows ampliam essa aceitação no desktop. Aquilo que antes parecia recomendação ousada — usar Linux como sistema principal para jogar — virou conselho comum.

As distribuições deixaram de ser alternativas marginais e se tornaram caminho sólido para quem se frustra com o Windows, surgindo como plataformas completas que priorizam desempenho, estabilidade, jogos e liberdade do usuário.

À medida que mais pessoas descobrem essas opções, a distância entre “sistema dominante” e “alternativo” diminui, e a revolução do desktop Linux deixa de ser promessa para se tornar realidade.

5 curtidas

Acredito que, quando o projeto WinBoat estiver amadurecido e integrado a projetos como o Bazzite, o público gamer não terá porquê continuar no Windows (a não ser por jogos que precisam, necessáriamente, de anti-cheat de nível Kernel ou pela curva de aprendizagem para operar um novo sistema operacional).

1 curtida