[ Discussão ] O quão vocês acham que o "usuário comum" brasileiro sabe sobre computadores?

Eu há um bom tempo já percebo isto, e principalmente quando entrei no mundo Linux e comecei a interagir e participar do fórum eu noto isso com mais facilidade.

Penso que muitas pessoas imaginam, sonham com um mundo Linux (ou da informática, como um todo) mas não sabem da realidade da maioria das pessoas que usam computador e celulares. Por isso abri esse tópico, para ver se é algo que minha visão está errada ou não.

Eu moro em Campo Formoso (Bahia), e vejo aluno de ensino médio sem saber mexer em um Word, Excel, Power Point, Windows… na verdade nem sabe nem o que é que tá usando, e isso segue para o uso de um celular e muitas (muitas mesmo) outras coisas… eu friso isso de “aluno de ensino médio”, por quê teoricamente os adolescente são mais ligados a tecnologia e tudo mais, e eu me referindo a eles vocês podem ter uma base para o resto.

Eu comentei um pouco sobre isso em neste dois tópicos anteriores:

Acharia interessante que quem for responder, colocasse o lugar onde mora (é completamente opcional, é claro).


Pergunta: O quão vocês acham que as pessoas (usuários comuns) entendem sobre coisas como computador, sistemas operacionais, internet, navegadores, editores de texto, pacotes de escritório, etc…?

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Acho que a gente pode encaixar os usuários em três categorias: As que não sabem e não se interessam em saber, usam o smartphone para zap e demais redes e ponto; as que se dedicam a aprender pois tem consciência de que vão precisar usar uma determinada ferramenta no futuro; e os dinossauros -eu incluso aqui- que vi acontecer esse “boom” de tecnologia no país. O panorama não deve fugir muito disso.

Te digo que isso não é novo e começou lá atrás na famosa “inclusão digital”, que em certo ponto foi um programa interessante para a época, mas que propiciou mais a pirataria do que verdadeiramente uma inclusão. Não era difícil ir em um varejista e adquirir um PC pronto para uso em suaves prestações, ao perceberem que era Linux, pagar para um conhecido ou membro da família instalar o Windows. Não se havia o cuidado de indicar um curso básico de informática por exemplo.

Quando você trabalha com suporte, percebe que a maioria espera apenas que o PC funcione, digite-se um texto ou planilha, imprima e tenha acesso à internet. Coisas mais complexas como por exemplo uma formatação mais elaborada em um documento, já será um problema.

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Pronto, é isso.

Acredito que isso represente mais da metade da população:

Mas… de certa forma, quase todo mundo é assim em algum ponto… a gente coloca como algo importante a pessoa conhecer e entender de informática e tecnologia por quê todos estão inseridos neste mundo tecnológico, porém a gente (ex: da comunidade Diolinux) tem de certa forma um maior interesse nessa área e “vê” a necessidade.

Um outro exemplo: Todo mundo tem conta em banco, incluindo a “galera de tecnologia” porém tenho certeza que nem todos são experts no funcionamento de um banco, de pagamentos de taxas, planos, tarifas, e tudo mais. Agora, uma pessoa que sabe, entende e gosta deve ficar pensando “nossa, isso devia ser algo que todos deviam entender como funciona”.

Isso serve para outras áreas, um historiador deve ficar inconformado pelo fato da população em geral não ter um “bom” conhecimento em história (e ter conhecimento em história é importante, assim como a pessoa saber sobre os bancos).

Espero que tenha conseguido me explicar kkkk

Meu ponto, é: em algum aspecto importante todos nos pecamos pela falta de interesse/conhecimento.

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De fato, mas acontece que a vida adulta é muito corrida e acabamos limitados a nos dedicar apenas para alguns interesses e não para todos.

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Olá @RamonVSBR,

Sua pergunta é interessante. Penso que pode gerar um bom tópico.

Primeiramente, gostaria de fazer as devidas ressalvas de que é sempre difícil falar em nome da “população brasileira” e, portanto, não é este meu objetivo, mas como quero contribuir com o tópico, vamos a algumas de minhas percepções sobre o assunto.

Do ponto de vista conceitual/teórico, considero que sua pergunta “O quão vocês acham que a população brasileira (em geral) sabe sobre computadores?” é relativa, por depender do que cada um que for responder entende por sabedoria/conhecimento sobre a área de computadores. Saber de computadores é saber os detalhes dos diferentes tipos de hardware ou software ou no outro extremo usar o pc como um outro aparelho ou eletrodoméstico qualquer, mas atendendo bem as suas necessidades, já está valendo? O limite do que é saber ou não sobre computadores é um pouco relativo sem ser definido.

Outro ponto é o meu acesso aos usuário comuns do Brasil. O país é grande, continental como dizem, e certamente não tenho acesso a boa parte da população brasileira, para conhecer suas diferentes particularidades quanto ao uso da tecnologia, etc. Tem locais que as pessoas nem tem acesso a computador/celular enquanto em outros até animais de estimação tem seu smartphone (brincadeira…).

Deste modo, para poder contribuir com seu questionamento vou considerar como usuários comuns as pessoas com as quais convivo e que considero que não são muito ligadas em informática, tecnologia, games, sistemas operacionais, etc. Então, vamos as minhas percepções sobre os “usuários comuns”, a respeito dos pontos que você colocou (e alguns outros mais):

Computador (hardware): Entendem como um pacote/produto completo. Os usuários comuns com os quais convivo, não ficam diferenciando os vários componentes, placa mãe, placa de vídeo, processador, memória, etc. A maioria julga se o computador é bom ou ruim de desempenho para a tarefa que quer fazer, não fica entrando em detalhes de componentes, O mesmo ocorre com celular, avaliam o conjunto.

Sistemas operacionais: Para celular sabem que existe android devido a propaganda feita com o nome ao longo dos anos. Também sabem do ios, que conhecem mais como o nome de iphone. Já para sistema operacional consideram apenas windows e às vezes reconhecem o mac como um sistema diferente, isso quando não consideram o mac uma versão “diferente do windows”.

Internet: Sabem o que é e sabem que é onde podem ter acesso a informações, noticias e interagir com pessoas. Não sabem de minucias da internet, mas sabem que é um local bom, mas que também devemos ter cuidados básicos.

Navegadores: Neste ponto varia. Tem usuários comuns com quem convivo que sabem que o edge (internet explorer, no caso), o chrome, o firefox, etc são navegadores diferentes e tem suas preferências. Já outros consideram que é tudo a mesma coisa a ponto de usarem o firefox e acharem que é um edge diferente.

Editores de texto: Talvez, este seja o programa que os usuários comuns de minha convivência mais conhecem. Para quem tem alguma profissão em que precisa usar o pc, quase sempre algum conhecimento de editores de texto é preciso, mas isso não quer dizer que são experts, que usam macros, entre outros recursos que talvez alguém poderia considerar avançado. Mas uma noção básica de formatação considero que a maioria dos usuários comuns de minha convivência costuma ter. Não ficam diferenciando entre suítes offices diferentes. Para eles tudo é microsoft office. Mas conseguem se adaptar bem ao libreoffice e outros se não for pedido deles uma configuração que só pode ser feita no microsoft office. Para alguns mais leigos já até instalei o libreoffice como microsoft office e acharam diferente, mas “legal, um office diferente, mas que dá para usar”.

Pacotes de escritório: Bem dentro do tópico anterior. O que posso trazer de novo é que com quem convivo a maioria sabe e usa pacotes de planilhas, texto e apresentação. Outros pacotes é mais raro o usuário comum de minha convivência saber.

Programação e outras coisas mais “avançadas” de informática: Isso, com certeza os usuários comuns de minha convivência não sabem. Se assustam com terminal e acham isso coisa de outro mundo, de quem é da área de ti, gente “inteligente”, nerd ou fanático por tecnologia.

Atualização de software ou sistema operacional: Sabem por alto que isso existe e tem implantado o conceito de é bom deixar tudo atualizado por conta de vírus no windows. Mas na prática deixam tudo desatualizado, a não ser que as atualizações estejam configuradas como automáticas, e só se preocupam com atualizar quando aparecem pop-ups de atualização que não dão outra alternativa senão atualizar para continuar suas tarefas. Ou então se preocupam com o assunto quando ocorrem grandes problemas de segurança na internet, divulgadas pela mídia. O resto passa desapercebido.

Portanto, gostaria de destacar que para os “usuários comuns” de minha convivência, em geral, o computador/celular é algo que você liga, como um eletrodoméstico e já está tudo ali para você fazer uma determinada tarefa. Não ficam se dedicando a pormenores do assunto. Vão aprendendo conforme necessidades do trabalho ou tendências digitais de redes sociais e assim vão seguindo a vida. Para eles o computador/celular é um acessório de trabalho ou lazer e não algo que se dedicam a saber detalhes em excesso. Sabem do windows e nomes de marca de notebook/celular, mais pelo resultado dos esforços de marketing ou por costume de usar os aparelho/dispositivos dessas empresas do que porque se dedicaram ao assunto.

Por fim, gostaria de sugerir, que se fosse possível, alguém poderia indicar neste tópico pesquisas (acadêmicas ou mesmo de mercado, empresas de tecnologia, etc) sobre este assunto. Seria interessante conhecer tanto a opinião das pessoas aqui do fórum quanto pesquisas sobre o assunto (desde que não sejam pesquisas tendenciosas demais).

Desejo sucesso ao tópico. Espero que tenhamos boas contribuições!

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Obrigado!

Eu até pensei em colocar uma observação dizendo que “usuário comum é algo bem relativo”, ou até mesmo perguntando o que cada um considera que seja um usuário comum. Mas eu sou péssimo em construir textos e fiquei com medo de acabar gerando mais dúvidas durante a leitura.

Sobre a questão do pais ser um continente, eu concordo, por isso fiz questão de colocar minha cidade (o quê não ajuda muito já que dentro de uma mesma cidade até pequena como a minha já tem uma variação muito grande), mas foi uma tentativa de tentar contextualizar um pouco a vida de cada um.

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Está ótimo @RamonVSBR,

Não se preocupe pois sua explicação inicial ficou bem clara e consegui entender perfeitamente o objetivo do tópico. Apenas fiz ressalvas, pois assim como você fez, tanto neste tópico, como nas suas citações em outro tópicos é sempre perigoso chegar afirmando "realidades" do usuário. É bom saber o contexto da situação, até para ajudar se for o caso. Bom mesmo é um espaço como este aqui, de compartilhar experiências, visões, interpretações sobre os tópicos. Assim saímos aprendendo sempre mais.

:smiley:

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Qualquer generalização de 200 milhões de pessoas é impossível de ser feita.
O que você a população brasileira pensa dos automóveis? E dos aviões? E das máquinas de costura?
Observe que existem três níveis de usuários para estas coisas: os que fazem o básico, os que são razoáveis, e os que querem ir além da média.
No Brasil, graças à maldita lei de restrição de importação, temos um mercado muito menor e menos diverso do que deveria. E sem nem conhecer, não se desperta o interesse e o conhecimento.

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Aaaaaah, acho que entendi o que aconteceu…

Ocorreu o que eu estava com medo…me expressei mal. Quando eu coloco “(em geral)” no título me refiro ao chamado “usuário comum” já que esse é o tipo de usuário predominante no Brasil e não necessariamente jogo todos os brasileiros em um mesmo saco e pronto.

Continua difícil ser algo a se dizer pois são milhões de “usuários comuns”, e por isso que eu coloco pra cada um falar daqueles que a pessoa conhece e convive.


É, talvez possa ser um pouco disso, porém até mesmo quem tem e conhece mesmo assim não se interessa.

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Sempre considerei que sabem muito pouco e acabo me incluindo nisso em diversas áreas, ainda mais aprendendo agora sobre Linux.

Curiosamente essa semana Whatsapp liberou o tema Escuro, saindo do visual tradicional. Comentei sobre e me espantei com a quantidade de pessoas perguntando como faz. Não que tenham a obrigação de saber mas reflete como algo simples já provoca demanda.

Também por algum tempo observei as pessoas completamente perdidas na primeira experiência delas com Mixer e Twitch, sem saber como alterar uma simples imagem de perfil. A ironia é que pelo menos até hoje (dia 07/03/2020) a localização do menu é exatamente a mesma do Youtube, canto superior direito, bolinha. Por sinal, mesmo local deste mesmo fórum. Algo assusta as pessoas nas mudanças e elas bugam!

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Deu pra compreender. Não se preocupe. Problematizações acontecem.

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A maioria das pessoas não sabem diferenciar hardware de software, de vez em nunca eu dou manutenção em computadores e eu percebi que pra maioria das pessoas não faz diferença Windows ou Linux (salvo casos onde a pessoa depende de un software específico) elas conseguwm se virar com qualquer sistema isso também vale pra suítes office

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O “usuário comum”, no que diz respeito à computadores, só quer saber de acessar as redes sociais (e digo “redes sociais” no sentido mais amplo possível, o que inclui Whatsapp e YouTube), poder pesquisar alguma coisinha no Google, poder assistir aos suas programações da NetFlix e jogar um joguinho online no caso das pessoas mais jovens. Reparem que tudo isso dá para fazer com um smartphone.

A maioria dos “usuários comuns” só tem computador¹ porque é obrigado a usar uma suíte de escritório, seja por conta do colégio/faculdade ou por conta do trabalho. Geralmente espera-se que seja o Microsoft Office (versão 2007, 2010 e 2013. Sim, há gente que usa a versão 2007 mesmo em pleno 2020), mas já vejo muito usuário comum partindo pro WPS Office; até criei um tópico sobre isso.

Continuando o assunto do parágrafo anterior, também têm muitas pessoas só tem um computador¹ por causa de softwares específicos, mas não sei ao certo se eles são uma parte considerável da população.

Trazendo essa conversa para o mundo Linux

Eu diria que as distribuições já estão prontas para o usuário comum há muito tempo. O usuário comum consegue se adaptar rapidamente mesmo a um ambiente gráfico diferente (inclusive um que esteja no formato “GNOME 2”, isto é, com o painel na parte superior da tela), basta informá-lo onde está o menu (ele consegue fazer isso sozinho, mas…). Alguém pode querer me dizer que há gente que não se adapta, mas essas são um tipo de pessoa que tem aversão de aprender QUALQUER coisa nova, com eles ou você é mais insistente ou deixa de mão e instala o Windows piratão no computador dele.

A distribuição Linux só precisa trazer duas coisas por padrão para o usuário final: suporte para codecs proprietários e unrar já instalado, assim você resolve a maioria dos problemas da maioria das pessoas. Um bônus muito bem vindo seria trazer um instalador de programas que instale facilmente o League of Legends, Spotify e NetFlix. Faça tudo isso sugerido neste parágrafo que você agradará 90% das pessoas.

Até o LibreOffice consegue quebrar o galho. Meses atrás fiz uma comparação entre as suítes de escritório em relação ao suporte ao arquivo .docx e digo que muitos dos problemas do LibreOffice serão resolvidos na versão 6.4 (alguns graças aos meus bug reports).



¹ Tecnicamente um smartphone também é um computador, mas por “computador” quero dizer computadores de mesa e notebooks.

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Responderei a esta pergunta com as palavras de John Dvorak, em slides de um saudoso professor que nos deixou em 2018 e agora vive nas pradarias do céu, pra onde todos iremos um dia.


Realmente, a pergunta é o quanto ele sabe ou o quanto seria saudável saber?
Estou acima do peso, e sei que estou errado. Posso ter hipertensão e aterosclerose dentre outras coisas mil. Mas eu me alimento como devo? Não. E as pessoas sabem o que e o quanto deveriam saber sobre muitas coisas? Provavelmente, não.

Como disse um colega acima: eu nunca sei o bastante. Esse é o meu jeito e o dele, mas nem todos pensam assim. De qualquer forma, as palavras de Dvorak foram para lembrar o que muitos já esqueceram: é um computador. Você pode “usar só o facebook e o twitter” — se você quiser pode usar só o Campo Minado: continua sendo um computador, logo a desvantagem em não saber está do seu lado.

O problema que eu acho agravante nem é esse. Eu tenho hobbies orientais e há um limite pro que existe traduzido. Aprender japonês não é fácil. Eu tento, mas não como deveria. Porque sou humano e falho… No entanto, admito que falho.

Se esconder atrás de direitos e desculpas, “não tenho tempo”, “não consigo fazer tudo”, “não” ---- nada disso vai mudar o fato de que você ainda está do lado errado da balança. Assim como eu posso ter todos os motivos do universo pra não cuidar do meu peso, só que a aterosclerose não vai pedir licença pra entrar. É uma questão factual.

Então no mínimo uma pessoa que opta por limitar o escopo do que aprende, deve entender que tipo de preço poderá pagar por isto. Assim estará exercendo seu direito em preferir não se aprofundar e ao mesmo tempo garantindo outro direito: o de saber o tradeoff. Não adianta tentar iludir as pessoas que dá pra usar só o facebook e o twitter. Dá se os capacitores não resolverem explodir porque sim, ou se o sistema não resolver dar BSOD/Kernel Panic, se os drivers pra sua nova panela com internet não resolverem quebrar o resto do sistema, se…

Dá na maior parte do tempo? Sim, parece que sim. Mas o número de pessoas que negligencia a saúde ou um conhecimento que seria útil como japonês é grande também. Se você pelo menos sabe o que está perdendo no momento e o que mais poderá eventualmente perder, a troca é justa.

Acredito que as pessoas deveriam usar distros com supostas facilidades e conveniências para ir se aclimatando a outros tipos de conhecimento. Sim, você pode usar a “loja virtual” (GUI), mas já que isso garante que no final será instalado de um jeito ou de outro, por que não tentar o shell antes? Se der errado você vai à loja virtual e no dia seguinte tenta de novo. Um passo de cada vez. Isso seria a forma ideal, sem sobressaltos e respeitando o limite e o ritmo de cada pessoa.

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A maioria dos usuários de computadores, smartphones e seja lá o que for, nem quer saber o que tá fazendo ali.
Só quer usar, desde que esteja funcionando, o usuário básico não vai se importar com privacidade, versão de algo ou mesmo o sistema operacional que está ultilizando.
Muitos deles não sabem o que é Windows, Office e raramente sabem usar o e-mail.
Eles só usam, porque está funcionando. Se não estiver funcionando, só chamam alguém que entende disso e fechou.
Por isso o número de ultilizadores do Windows 7 não abaixa, por isso até hoje tem pessoas ultilizando o XP, por isso tem pessoas que não sabem nem atualizar o WhatsApp quando aparece aquele aviso, por isso até hoje tem uma galera no Android 2.3.
Se estas mesmas pessoas tivessem sido ensinadas a usar alguma distro, usariam da mesma forma. Sem atualizar, sem manutenção. Só baixando o que precisa (sem nem saber o que é) e usando. Com a única diferença que o Windows não fica enchendo teu saco para ativá-lo.

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“Tecnicamente” o ENIAC também é um computador. E Turing-complete.

Telefones foram criados para fazer telefonemas e ponto final. É minha opinião sobre o assunto e sei que não coincide com a realidade dos fatos, mas é como penso.

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Xiu, deixa meu Office 2013 quietinho aqui.

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Só posso falar de meu círculo social. A impressão geral que tenho é que, antigamente, os jovens/adolescentes eram mais estimulados a aprender sobre informática do que agora, porque se imaginava que o computador teria um papel fundamental na sociedade e em novas profissões. Essa ideia não estava de todo errada, mas talvez não tenhamos previsto o avanço dos smartphones.

O Android, por exemplo, não demanda um conhecimento aprofundado; é tudo muito intuitivo. Basta uma instrução inicial e o usuário logo, logo estará sabendo usar de uma maneira básica, mas funcional. E convenhamos: tudo que um usuário básico precisa está na palma da mão e a poucos toques.

Eu já acho que computadores demandam um pouco mais de conhecimento e é estranho perceber como os adolescentes gostam bastante de tecnologia, mas ‘apanham’ na hora que precisam usar um PC ou mexer em algum software mais avançado (claro que estou falando de maneira geral, observando meu circulo social, pois sempre tem aqueles mais interessados que sabem mais). O conhecimento que eu e meus amigos tinhamos aos 15 anos sobre computadores era mais avançado que o do meu sobrinho na mesma idade e a gente nem fazia coisas avançadas. Eram apenas necessidades do dia-a-dia.

Outro exemplo são meus sobrinhos de 5 e 6 anos. Praticamente cresceram com smartphone na mão mas quando coloquei um joguinho simples no computador eles simplesmente não conseguiram jogar. Só consegui fazê-los aprender de alguma maneira quando instalei o jogo GCompris que alguém indicou aqui no fórum. Agora eles sabem usar o mouse e o teclado, mas definitivamente, a curva de aprendizado se comparado com smartphone, foi beeem maior.

Sinceramente, não sei como a sociedade ainda vai evoluir em termos de tecnologias e necessidades de mercado. Também não sei se essa geração sairá prejudicada por não ser ensinada sobre a necessidade de conhecimentos básicos em informática. Minha maior preocupação é que essa geração parece não ter a menor noção sobre segurança e privacidade na internet. Para eles está tudo bem expor a vida e seus dados para qualquer um ou qualquer empresa. Aliás, para eles, quanto mais exposição, melhor.

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Cara, tem uma falha estatística aí, com internet móvel você acessa ela a partir de qualquer lugar, já computadores só em casa e dependendo do caso no trabalho, sendo assim seria matematicamente improvável que computadores superassem smartphones nesse quesito, de resto concordo (exceto a parte do LoL)

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Hoje, próximo dos 40 anos, comecei a ver e mexer com computadores em meados os anos 90. Já peguei o “final” do que chamo de introdução do computador na vida das pessoas (em universidades, bancos e outros trabalhos com grande volume de dados este processo se iniciou primeiro). Lamento nunca ter programado furando fichas.
Uma das coisas que era mais legal desta época é que dava trabalho montar e deixar a máquina pronta. Era difícil, mas a conclusão era prazerosa.
Hoje em dia temos tudo pronto na palma da mão. Mesmo se você for começar a montar um PC do zero, para quem já o fez, é coisa que não demora meia hora, uma hora no máximo, e já tem uma máquina funcionando. Então não há “encanto”, não se sabe o tanto de conhecimento que foi agregado até ali para chegar naquilo, e a partir daí elevar a um outro patamar.
Outra coisa, claro, é que deixou de ser novidade. Hoje em dia temos vários “computadores” em casa, e há certos momentos em que me pergunto se já não há um exagero.

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