Estou a alguns dias utilizando o Ubuntu padrão, com o ambiente gráfico GNOME e eu venho notado algo estranho referente ao consumo de recursos: após um dia de uso, o consumo do sistema fica mais elevado do que deveria, deixando o sistema com lags, isto mesmo com nada sendo executado em segundo plano.
Eu já dei uma verificada nos processos em segundo plano e não vi nada fora do comum, até mesmo matei o processo da Snap Store e mesmo assim de nada adiantou. Pelo que vejo, não tem nada fora do comum, mas mesmo assim, até mesmo para abrir um simples menu de contexto está sendo um sofrimento. Pensei que poderia ser algum tipo de leak de memória, mas não posso garantir.
Por hora vou reiniciar o sistema, mas alguém está passando por isso ou passou por isso recentemente?
Sim. Coisas do Gnome.
Eu já percebi que usando o driver de vídeo da Intel, o consumo fica um pouco menor, ficando por volta de 1.1~1.2.GB. Porém, usando o driver da Nvidia o consumo fica acima de 1.5GB logo depois da inicialização. Ficam dois processos do Xorg e dois do gnome-shell sendo executados. Eu já perguntei sobre isso no Discourse do Ubuntu e falaram que não é considerado um problema. Só comentaram que essa questão de 2 gnome-shells pode ser um pequeno bug, mas acabei nunca cadastrando. Vou ver se faço isso hoje, pra não esquecer de novo.
Eu só acho estranho que no Mint essa questão do consumo da Nvidia não é nem de perto tão ruim. Realmente consome um pouquinho mais, mas ainda assim o consumo inicial não passa de 1~1.1GB.
Só para ilustrar melhor a situação, esse é o consumo do Ubuntu 20.04.1, instalado com a opção “Mínimo” há 3 dias atrás, logo depois da inicialização. Não adicionei nenhum processo ou serviço à inicialização.
Percebi que dessa vez no modo “Performance” o consumo não ta tão alto, acho que pelo fato do GnomeShell ficar rodando diretamente na memória da placa. Mas ainda assim o consumo não é tão baixo.
Com o modo “Performance”, usando o driver da Nvidia para o Xorg e GnomeShell:
Eu entendo que dá para reduzir um pouco o consumo, removendo alguns serviços, assim como em outras distros, mas 1.5GB na largada é bastante coisa para os padrões das distros Linux. Eu utilizo o modo OnDemand no Mint e o consumo fica em 900MB, sem nenhuma otimização extra.
Eu também sei que esse consumo para muitas máquinas hoje em dia, que possuem 16GB, 32GB ou até mais de memória, é insignificante, mas ainda assim eu acho meio errado isso.
O problema é o consumo. 2GB de Swap já é muita coisa, e usar o Swap é sempre ruim. Dá para ver na imagem que você anexou que o Swap foi usado e, mesmo depois da memória RAM ficar livre, continua sendo usado, o que indica que muita coisa foi pra Swap.
O Swap funciona como uma memória “de emergência” que é usada quando a memória RAM lota. Como essa memória fica em disco, a velocidade de acesso é muito menor do que na memória comum, sendo que para utilizar um programa que esteja na Swap é preciso primeiro passá-la para memória comum, o que pode exigir ficar jogando memória de um lugar para o outro constantemente. Isso faz com que tudo demore muito mais para rodar. Além disso, isso vai fazer com que haja muitas escritas em disco no SSD, o que não é muito bom.
Ou seja, o Swap é mais uma forma de não travar tudo e conseguir utilizando o sistema minimamente bem até resolver o problema, e não para ter mais memória. 6GB de RAM, com esse consumo do Gnome aliado com Chrome/Firefox e outros programas a chance de lotar é bem grande. Eu tenho 8GB e constantemente o consumo fica bem próximo do máximo.