Paul Sherman anunciou o encerramento do Absolute Linux, uma distribuição leve baseada em Slackware, devido à idade, despesas e falta de tempo. Ele expressou gratidão aos apoiadores ao longo de 17 anos, desde o lançamento em 2007.
Apesar da decisão, Sherman está disposto a passar o projeto para quem tiver interesse em mantê-lo. Situações semelhantes são comuns no mundo open source, especialmente em projetos de pequenos grupos.
Embora o anúncio seja desanimador, há esperança para os fãs da distro, e atualizações futuras serão fornecidas conforme a situação evolui. A primeira versão surgiu no ano de 2007, e a última atualização deu o ar da graça no meio do ano passado.
Um método de trabalho insustentável
Este fim marca um método de trabalho que nunca funcionou e precisa ser repensado: o trabalho colaborativo não profissional, não remunerado, de final de semana ou quando se tem tempo.
Por mais boa vontade que se tenha, depender desse tipo de trabalho é arriscar-se a ficar sozinho no meio do caminho, principalmente quando faz uso do mesmo de modo profissional.
Um simples usuário trocar de distro é o de menos. Basta escolher a nova. Muito diferente são empresas de diversos tamanhos precisarem trocar de barco no meio do caminho.
Outro ponto a ser revisto são as inúmeras pseudo-distros que não acrescentam nada de novo e, caso tragam algum recurso extra, possam ser apensados à distro-mãe. Nem uma interface nova, num “núcleo” existente, pode ser critério para se classificar um trabalho como “nova distribuição”.
E esse é o problema: não existem critérios que determinem o que é uma distribuição realmente nova e original. Pense aí com seus botões e responda: quantas merecem esse nome, não sendo um mero ajunte de ícones, temas e interface?
Pouquíssimas! E estas precisam de uma estrutura jurídica para que existam oficialmente, possam oferecer serviços, contratar pessoal e fazer dinheiro girar. Sem isso não há futuro, só trabalhos que terminam à míngua sem dizerem a que hieram.
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