10 anos usando Linux

“Como o tempo passa rápido”, uma frase o quanto clichê, mas percebo na pele o quão veloz esses dez anos passaram-se rápido, ainda mais com o exponencial crescimento do pinguim no desktop, graças a Valve, CodeWeavers, a comunidade Wine e todos os projetos opensource que existem e existiram. Lembro me como se fosse ontem meu pai me emprestando o notebook dele com um i3 Ivy Bridge rodando Ubuntu 12.04 e maravilhado com a Unity, um novo mundo. Após um tempo ganhei meu primeiro laptop, um Acer Aspire com um i5 3230M, onde passei horas e horas explorando a capacidade do Wine, conhecendo alternativas a programas de programas que usava até então no Windows e caindo de cabeça cada vez mais na matrix que é o mundo Linux. Por muitas vezes vejo internet a fora pessoas reclamando “ah, tal jogo não roda no Proton com só install, next, next”, rio sozinho e me lembro do tempo em que o PlayOnLinux, uma das ferramentas mais importantes que já conheci para um usuário Linux e gamer de plantão conheceu, era um parto instalar a Stem do Windows e rodar algo via DirectX to OpenGL. No dia que o Lutris se tornou uma ferramentas viável, eu me lembro de ter corrido para mandar mensagem no Whatsapp para o Dionatan e, o ex Ubunteiro de plantão já havia até mesmo escrito no blog, como sempre, um dos, se não O, mais importante pioneiro influencer e produtor de conteúdo de Linux Desktop. Quem dirá então do projeto DXVK e a Valve metendo o louco, abraçando como pai o Tux? Por sinal, eu chorei a noite toda quando o lead developer do projeto Vkd3d, Józef Kucia veio a falecer. São tantos colaboradores, apaixonados e “loucos” que fizeram o que o Linux hoje é, um pequeno projeto pessoal de Linus Torvalds, chegar até milhares e milhares de computadores, usuários curiosos e apaixonados pelo que é a tecnologia, o que é ser livre, fazer do seu jeito, ter escolha. Depois de ter passado por Ubuntu, derivados do Debian, Solus, openSUSE, Fedora, Arch e seus derivados e agora o dedo coçando para voltar ao Ubuntu por causa do flavor oficial com Unity, eu só tenho a agradecer por ter, literalmente, pensado fora da caixa, descobrido que existem novos horizontes além de uma janela, que existe algo melhor que um suporte de empresa, mas sim uma comunidade onde estão sempre apostos ajudar, a conversar, a serem amigos que, independente de sexualidade, cor da pele, política e religião, estão unidos por um único núcleo, o Linux. Que venha mais dez anos errando, estressando e aprendendo com esse Kernel.

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